
Água barrenta e contas altas: indignação cresce
Moradores de Chapecó estão revoltados com a qualidade da água fornecida pela Casan. Nos bairros Vila Real e Centro, diversos relatos apontam que a água que chega às residências está extremamente suja, com aspecto barrento e sem condições de uso.
“Nem pra lavar roupa está dando. É revoltante, a gente paga um absurdo e a água vem desse jeito!”
Os consumidores, que pagam regularmente as tarifas, denunciam que o problema persiste, sem que a empresa apresente uma solução definitiva. Enquanto isso, a conta segue chegando no valor integral, mesmo quando a água que sai das torneiras parece lama.
Obras atrasadas e promessas vazias
A obra do Rio Chapecozinho, anunciada como a solução para a crise hídrica da cidade, está longe de ser finalizada. Segundo informações recentes, apenas 42% do projeto foi concluído, mesmo tendo sido iniciado entre 2020 e 2021.
O orçamento inicial da obra dobrou ao longo dos anos, saltando de R$ 200 milhões para R$ 400 milhões, mas a entrega continua indefinida. Agora, a expectativa de finalização foi empurrada para 2026 ou até mesmo 2027, e a conclusão segue dependendo de novos aportes financeiros.
A Casan havia garantido que a estrutura resolveria “100% do problema da falta de água” em Chapecó, mas o que se vê na prática são adiamentos constantes e pouca transparência sobre os custos e prazos.
Obras privadas pioram a situação e a Casan assiste de longe
Além do abastecimento precário, a situação se agrava ainda mais devido a rompimentos frequentes nas redes de água, no bairro Desbravador.
A cada novo rompimento, o fornecimento é interrompido e os consertos demoram a ser realizados. A Casan, por sua vez, apenas acompanha as ocorrências sem apresentar medidas preventivas eficazes.
Enquanto isso, a população segue refém de um serviço instável, pagando caro por uma água que muitas vezes sequer pode ser consumida.
Até quando?
Os problemas no abastecimento de água em Chapecó não são novidades, mas a paciência da população chegou ao limite. A Casan precisa dar respostas concretas, corrigir as falhas e garantir um serviço minimamente decente à população.
Com contas caras, água suja e obras sem previsão de entrega, os chapecoenses exigem menos desculpas e mais soluções. A Casan está preparada para isso?