
Confira o áudio do Presidente da Comissão de Agricultura da Alesc
Com a confirmação de um caso de gripe aviária (H5N1) em uma granja comercial no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul, é natural que Santa Catarina acompanhe com atenção a situação. Afinal, o estado vizinho faz fronteira conosco. No entanto, até o presente momento, não há motivo para alarme: os protocolos sanitários estão sendo rigorosamente seguidos pelas autoridades competentes.
A partir da identificação do foco, todas as aves do lote afetado são abatidas e descartadas de maneira segura. A granja passa por um processo completo de desinfecção e é estabelecido um perímetro de observação de até 25 km ao redor do foco. Todas essas medidas estão previstas no Plano de Contingência para Emergências Zoossanitárias, elaborado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e reconhecido internacionalmente.
Com a adoção criteriosa dessas ações, há confiança de que se trata de um caso isolado. Até então, o Brasil havia registrado apenas ocorrências da doença em aves silvestres, principalmente no Espírito Santo, entre 2023 e 2024. A resposta rápida e os sólidos protocolos de biossegurança têm sido eficazes, o que explica por que o Brasil foi um dos últimos grandes produtores mundiais de frango a registrar casos da influenza aviária.
Em relação ao consumo de carne de frango, ovos e demais derivados, não há motivo para interrupção. A doença não é transmitida por meio do consumo desses produtos, e tudo o que está atualmente disponível no mercado é seguro e livre de contaminação. A suspensão temporária de exportações foi uma medida tomada a pedido de alguns países importadores, mas os produtos já em trânsito ou aguardando liberação nos portos receberão o encaminhamento adequado. Com a situação sob controle, a expectativa é de que as exportações sejam retomadas dentro de 60 dias.
Situações como a registrada em Montenegro servem como alerta, reforçando a importância da manutenção dos altos padrões sanitários em Santa Catarina. O trabalho de instituições como a Cidasc e o Sindicarne é fundamental para garantir o status sanitário que hoje nos posiciona como um dos maiores exportadores de proteína animal do país.