
A Chapecoense vive um dos momentos mais importantes de sua história recente. Depois de tudo que o clube já passou — tragédia, queda de desempenho, crise financeira, dor e desconfiança — era natural que muitos duvidassem de uma nova virada. Mas ela aconteceu. E é impossível negar o papel de Alex Passos nesse processo.
Quando assumiu a presidência, em dezembro de 2023, Alex encontrou um clube fragilizado. Dívidas enormes, credibilidade abalada, cobranças de todos os lados, elenco instável, torcedor ferido. Não havia milagre à vista. Havia trabalho duro, decisão difícil, escolhas técnicas e responsabilidade com dinheiro e com pessoas. Ele fez isso.
A principal vitória dentro de campo é clara: a volta à primeira divisão nacional. Em tempos recentes, isso parecia distante. A Chapecoense vinha lutando para não cair ainda mais e, muitas vezes, apenas “sobrevivendo” no campeonato. Sob sua gestão, o clube reorganizou elenco, ajustou o jeito de competir, deu estabilidade ao futebol e recuperou autoestima. Subir não foi acaso: foi consequência.
Mas talvez a maior vitória esteja fora das quatro linhas. A saída da recuperação judicial marca um capítulo histórico. A Chapecoense virou referência no país ao ser o primeiro clube brasileiro a entrar nesse processo e também o primeiro a concluir com sucesso. Isso significa responsabilidade com credores, respeito com contratos e compromisso com o futuro. Não é discurso bonito. É gestão.
Encerrar a recuperação judicial traz mais que um alívio jurídico: devolve autonomia, força institucional e respeito no mercado. Renova a confiança de patrocinadores, parceiros e investidores. Fortalece a imagem do clube como uma instituição séria, madura e capaz de honrar o que promete. É um passo enorme para quem já foi colocado na condição de “irrecuperável”.
Além disso, Alex Passos representa algo fundamental: continuidade. Ele foi reconduzido ao cargo com apoio interno, o que mostra que quem acompanha o dia a dia do clube confia no rumo que está sendo seguido. Em um futebol marcado por decisões emocionais, imediatistas e políticas, estabilidade administrativa é uma vantagem competitiva. É raro. E a Chapecoense tem.
É claro que ainda existem desafios. O clube precisa consolidar presença na elite, reforçar a base, investir com responsabilidade e seguir pagando o que deve. Mas hoje a Chapecoense olha para frente com dignidade. Não vive de lembrança nem de pena. Vive de trabalho e reconstrução.
Alex Passos não “salvou” a Chapecoense sozinho. Mas liderou com serenidade um processo que poderia ter acabado muito mal. Enquanto muitos escolheram o caminho fácil da demagogia, ele optou pela rota difícil da gestão responsável. E isso merece reconhecimento.
Depois de tudo que atravessou, ver a Chapecoense novamente sólida, respeitada e competitiva não é apenas uma vitória esportiva. É uma vitória da cidade, da torcida, da história do clube e de quem acredita que profissionalismo, planejamento e coragem ainda fazem diferença no futebol brasileiro.
Hoje, a Chapecoense não é um clube que resiste. É um clube que se reconstrói. E nessa reconstrução, Alex Passos tem papel central — e merece aplausos.





