
Prestes a completar seis meses do desaparecimento da chapecoense Salete Borges, ocorrido em 23 de maio em Nova Itaberaba, cujo corpo jamais foi localizado, a família enfrenta uma nova onda de angústia após a soltura do principal suspeito do caso, tratado pela Polícia Civil como feminicídio. Familiares expressam medo e descrença: “Não vamos mais ter paz, a pessoa que faz uma vez, pode fazer duas”.
O Luto Sem Fim e as Buscas Frustradas
O ponto central da tragédia é a ausência de provas materiais definitivas, pois o corpo de Salete Borges ainda não foi encontrado, tendo sido supostamente jogado no Rio Chapecó. Essa falta de um desfecho físico mantém a família em um estado contínuo de luto e incerteza:
- Buscas Intensivas: Após o sumiço, foram realizadas buscas extensivas no Rio Chapecó, envolvendo o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC).
- Apoio Aéreo: A Polícia Civil, através da equipe do SAER-FRON, também participou das operações, sobrevoando o rio na tentativa de localizar qualquer vestígio da vítima.
Tramitação Judicial e Inimputabilidade
O processo segue um rito complexo devido à condição do acusado:
- Rito: O caso segue o rito do Tribunal do Júri por ser um crime doloso contra a vida.
- Inimputabilidade: Perícias psiquiátricas indicaram que o suspeito é inimputável, o que significa que, em vez de pena, ele pode ser submetido a medidas de segurança (internação ou tratamento).
- Audiências: Uma audiência de instrução foi realizada em outubro.
Outros Fatos Relevantes
- Furto na Residência: A casa de Salete, na Linha Amizade, foi arrombada e furtada, com a subtração de eletrodomésticos.












