










O projeto do filme que vai retratar a vida e o legado do cooperativista Aury Luiz Bodanese foi apresentado na noite desta terça-feira (18), em Chapecó, em um evento marcado por emoção, reconhecimento e forte presença do setor cooperativista. A obra, que está com 80% da captação concluída, segue para finalizar sua roteirização até o primeiro semestre de 2026, com lançamento previsto para 2027.
A apresentação reuniu idealizadores, autoridades estaduais, parlamentares, patrocinadores e familiares, incluindo a esposa de Aury, dona Zelinda Bodanese, que foi um dos destaques da noite. Para os produtores, o filme será mais do que um registro histórico: “Isso não é apenas um filme, é uma pérola cultural”, afirmou a diretora Luciana, em referência ao impacto da obra.
Idealizadores destacam superação e fé no projeto
O diretor da Companhia Brasileira de Cinema, Osnei de Lima, relatou que a trajetória para viabilizar o projeto foi marcada por desafios. Segundo ele, o momento mais difícil ocorreu em abril deste ano, quando a equipe ainda buscava apoio para seguir adiante. “Eu pedi a Deus: ou eu sigo, ou eu paro. No dia seguinte, as portas começaram a se abrir”, afirmou.
Osnei agradeceu aos patrocinadores que tornaram possível o avanço da produção, entre eles Sicoob, Cooperalfa, BRDE, Zagonel, Rafitec, MAG, ACB e Serasa. “Se não fosse o Sicoob, este projeto não teria saído do papel”, ressaltou. Ele também lembrou a primeira conversa com dona Zelinda — há cerca de 15 anos — em que ouviu dela a confirmação: “Vamos contar essa história”.
Homenagens a dona Zelinda e ao legado cooperativista
Um dos momentos mais emocionantes da noite ocorreu quando dona Zelinda recebeu flores em reconhecimento ao papel fundamental que teve na trajetória de Aury. O líder cooperativista Samuel, amigo de décadas do homenageado, reforçou que “ninguém consegue nada sozinho” e que ao lado de Aury sempre esteve uma grande mulher.
Samuel também relembrou histórias marcantes, como as viagens de Aury ao BRDE para buscar financiamento para projetos da região. “Ele dormia no carro esperando o banco abrir. E nunca desistia”, contou. Para ele, o filme representa não apenas a biografia de um líder, mas “a história do cooperativismo que transformou o Oeste de Santa Catarina”.
A fala de Dr. Alfredo Lang
Em seu pronunciamento, o Dr. Alfredo Lang ressaltou a relevância do projeto para preservar a memória do cooperativismo e reconheceu Aury Bodanese como um pioneiro: “É uma alegria saudar esta plateia prestigiada e participar desta justa homenagem ao pioneiro do cooperativismo catarinense, Aury Luiz Bodanese. São registros históricos que não devemos abrir mão — um povo sem história é um povo esquecido.”
Lang também relembrou sua trajetória de 55 anos no Oeste catarinense e o impacto do cooperativismo na formação regional: “Recordo-me da primeira visita a Itapiranga, onde já funcionava uma cooperativa de crédito inspirada na doutrina rochaliana. Esse espírito de união era simbolizado pelo graveto que se quebra sozinho, mas que, reunido em feixe, se torna inquebrantável. É a força da união que sustenta o cooperativismo.”












Deputada Daniela Reinehr enaltece legado e impacto para novas gerações
A deputada federal Daniela Reinehr destacou a importância do filme para reforçar valores que, segundo ela, marcaram a formação do estado. “Esse projeto vai inspirar crianças, jovens e futuras gerações, porque traz princípios de honestidade, integridade, família e comunidade”, afirmou.
Daniela lembrou que o desenvolvimento econômico de Santa Catarina tem raízes na força do cooperativismo e no exemplo de lideranças como Aury Bodanese e Mário Lanznaster. “É muito bom acreditar em projetos que fazem a diferença e que deixam um legado verdadeiro”, disse.









Valor cultural e impacto regional
A obra é apontada como uma oportunidade de preservar a memória de um dos principais protagonistas da história do cooperativismo catarinense. Para os idealizadores, o filme deve alcançar escolas, universidades e plataformas digitais, ampliando o acesso ao conteúdo histórico e educativo.
O evento encerrou com agradecimentos do Grupo Condá, responsável pela recepção do lançamento, e com convite para o coquetel oficial, ao som da banda 1967.







