
Desde o último domingo (2), o Partido Liberal (PL) em Santa Catarina está vivendo um pico de instabilidade na discussão envolvendo as pré-candidaturas ao Senado para as Eleições 2026. Tudo começou quando a deputada federal Caroline de Toni teve uma reunião com o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, em Florianópolis. As afirmações da deputada estadual Ana Campagnolo foram de que Carol teria que deixar o PL para concorrer à Câmara Alta, devido a que o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, Carlos Bolsonaro (PL-RJ), teria sua candidatura por Santa Catarina ao Senado consolidada.
Na segunda-feira (3), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro confirmou que apoiará Caroline de Toni ao Senado, “independentemente da sigla partidária”. Conforme o Jornal Razão, de Tijucas, o governador Jorginho teria uma aliança firmada com o senador Esperidião Amin (PP), pré-candidato à reeleição. Campagnolo, chamada de “mentirosa” por Carlos Bolsonaro por afirmar esse acordo, comemorou o apoio de Michelle: “Quem vai ter coragem de avisar o Amin que ele está fora?”, afirmou ao Jornal Razão.
Irmão defende irmão
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) rompeu o silêncio para criticar a postura de Campagnolo, após as declarações dela sobre a crise no partido: “Não dá para querer o benefício da liderança e recusar o ônus que vem com ela”, e afirmou que quem pediu apoio ao grupo Bolsonaro “assumiu um compromisso político e deve honrá-lo”.
O senador Flávio Bolsonaro também partiu em defesa do irmão Carlos, e afirmou que a direita catarinense deve “aceitar sem questionamentos” a candidatura dele ao Senado por Santa Catarina. Em publicação nas redes, o senador defendeu que “Carlos chega como indicação direta do presidente Jair Bolsonaro para reforçar o front de SC contra o veeno esquerdista”.
Em discurso inflamado no Senado na terça-feira (4), o senador catarinense Jorge Seif, que nasceu no Rio de Janeiro, defendeu Carlos Bolsonaro como “pedido direto do presidente” e disparou contra parlamentares catarinenses que, segundo ele, “viraram as costas” para Jair Bolsonaro.
Durante o discurso, a frase “uma deputada que não era nada até ontem, era professora”, usada por Seif para se referir a Campagnolo, fez com que até a oposição ao governo Jorginho manifestasse solidariedade à parlamentar. A fala mais contundente foi de Luciane Carminatti (PT), também professora: “Vocês acham que um tipo de senador assim vai aprovar alguma coisa que presta para o magistério?”, afirmou ao jornalismo da Condá FM, via assessoria.
O deputado estadual Alex Brasil (PL), ao defender publicamente a candidatura de Carlos Bolsonaro ao Senado por Santa Catarina, criticou o “bairrismo” de quem se opõe à presença de Carlos no estado e mandou um recado direto aos colegas de partido: “Querem destruir o projeto do Bolsonaro por vaidade”, afirmou ao Jornal Razão.







