
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, chamou Maria Corina Machado, credora do prêmio Nobel da Paz de 2025, de ‘bruxa demoníaca’ após a concessão do reconhecimento. Pois quero provocar a reflexão dos leitores quem de fato é a pessoa que tem feito feitiços contra o povo venezuelano, que tem uma expressiva representatividade em Chapecó e região.
Alexander Aragol, imigrante venezuelano morador de Chapecó, e que já qualifico como colaborador desta coluna, em um texto comemorativo pelo Nobel de Maria Corina, afirma que admira profundamente a agraciada: “em tempos em que a covardia se disfarça de prudência, a verdade deve ser dita sem medo”.
Para Aragol, María Corina é uma dessas mulheres que nascem uma vez por século. Não porque seja perfeita, mas porque tem coragem, convicção e amor verdadeiro pela Venezuela: “Enquanto outros foram seduzidos pelo poder, privilégio ou pelo conforto de olhar para o outro lado, ela pagou o preço por ser coerente. Ela foi insultada, perseguida, desqualificada, censurada e traída. E, no entanto, ela permanece de pé”.
Com a mesma voz firme, o mesmo olhar claro, a mesma paixão que faz tremer aqueles que gostariam de vê-la em silêncio; para Alexander, o que mais impressiona Alexander não é apenas a inteligência ou a oratória de Maria Corina: “É sua coragem de continuar falando quando todos os outros se calam, sua capacidade de se manter firme quando o medo esmaga a esperança e seu amor por uma Venezuela que muitos já haviam dado como perdida”.
Maria Corina Machado não se entrega, não se ajoelha, não pede permissão para defender aquilo em que acredita. Para Aragol, arde nos inimigos da polícia vê-la determinada, íntegra e livre: “Arde neles que, apesar de todas as tentativas de destruí-la, ela continua sendo um símbolo de dignidade”.
Alexander afirma que sempre ouviu que, na Venezuela, “quem fala a verdade fica sozinho”, e que talvez seja por isso que tentaram isolar María Corina, mas eles não entendem que ela nunca esteve sozinha: “Por trás de sua voz, há milhões que não desistem, milhões que continuam sonhando, milhões que ainda acreditam que vale a pena lutar por esta terra abençoada. Ela não precisa de um cargo para representar a Venezuela; ela já representa a parte mais pura de seu espírito”.
Aos que criticam Maria com ódio, aos que a insultam de seus teclados ou do conforto do silêncio, Aragol deixa um recado: “A história não se escreve com ressentimento, mas com coragem. E quando a história destes anos sombrios for escrita, o nome de María Corina Machado estará lá, ao lado dos grandes que não se renderam, que não traíram, que amaram seu país sem medida. Porque, no final, não importa quantas vezes tentem silenciá-la, sua voz já está gravada no coração da Venezuela”.
Maria, para Alexander, representa a mulher venezuelana que não se rende, a cidadã que não se rende, o povo que se recusa a morrer em desespero: “María Corina é, gostem ou não, um símbolo de resistência, força e fé. E é por isso que ela incomoda. Porque quando a veem, se veem refletidos naquilo que nunca foram capazes de ser corajosos, inteiros e livres. E eu, como venezuelano, tenho orgulho de poder dizê-lo sem medo que a Venezuela ainda tem futuro, e esse futuro tem rosto de mulher, voz firme e coração valente”, conclui.
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