
Moradores de diversos bairros de Chapecó relatam crescente insegurança e perturbação do sossego, atribuindo os problemas a um grupo de estrangeiros. Residentes do Bairro Efapi, Don Leonardo, Por do Sol e loteamento Tiago afirmam conviver com som alto, uso de drogas, ameaças e vandalismo.
Um morador da rua Carlos Antônio de Melo, no bairro Efapi, relata que “diariamente os estrangeiros estão bebendo, brigando e fazendo folia durante a noite, não deixando ninguém descansar”. Ele também menciona que, durante a madrugada, eles pulam o muro de um ferro velho, tiram pedras e perturbam o sossego dos moradores.
Uma comerciante da Rua Sabiá, esquina com Quilombo, no loteamento Tiago, relata que o parquinho local, construído para a comunidade, se tornou um ponto de uso de drogas e brigas, principalmente no final da tarde e nos finais de semana. Ela também afirma que um homem, ameaçou seu esposo com uma faca enquanto ele estava com a filha menor, no local.
Moradores também relatam dificuldades em acionar a polícia devido à falta de sinal de celular na região dos loteamentos Don Leonardo e Por do Sol. Além disso, há um receio generalizado de retaliações caso denunciem os infratores, o que tem levado alguns a investir em sistemas de segurança privados.
Vale lembrar que, o Poder Legislativo de Chapecó, por meio da Comissão de Segurança Pública e Cidadania, realiza na próxima segunda-feira (15), das 19h às 21h, no Ginásio de Esportes Auri Bodanese, localizado na Rua Bandeirantes, n. 86, no bairro Efapi, uma audiência pública para promover o diálogo entre comunidade, autoridades e instituições competentes sobre os desafios que a população vem enfrentado com relação à criminalidade e insegurança.
O objetivo do debate é buscar soluções conjuntas e fortalecer a cidadania no município. A participação da comunidade é fundamental para construir um ambiente mais seguro e justo para todos.
Vale lembrar que perturbação do sossego é uma contravenção penal (Artigo 42 da Lei de Contravenções Penais) que se configura pelo ato de, a qualquer hora do dia, causar ruídos ou sons excessivos que interfiram na tranquilidade de outras pessoas, como música alta, gritaria, algazarra ou o barulho de obras fora do horário permitido. A lei prevê pena de prisão (15 dias a 3 meses) ou multa, que pode variar de R$ 20 a R$ 200 mil, dependendo do contexto e reincidência. Para denunciar, acione a Polícia Militar (190) ou a Guarda Civil Municipal (153) em casos de comércio ou áreas públicas.
Fonte: ClicRDC
Por Gionei Argenta