Valter Aita, de 41 anos, fisiculturista natural do Rio Grande do Sul, morto no último domingo (07), na Rua Sete de Setembro em Chapecó, apresentava sinais de que tentou se defender dos golpes. Detalhes no corpo revelam a violência do crime.
Segundo informações, Aita tinha 10 cortes na mão direita e mais 4 cortes na mão esquerda, indicando uma tentativa de defesa. Um dos dedos estava quase pendurado. Uma das facadas perfurou a bochecha, abrindo um corte profundo, o que demandou um trabalho demorado de reconstrução da face. Uma das orelhas teve que ser refeita, colada e suturada.
Ainda segundo informações, a perfuração próxima ao coração e o corte da artéria carótida no pescoço levantam a hipótese de que Aita pode ter sido atacado enquanto dormia, já que estava completamente nu. A força física do fisiculturista sugere que ele poderia ter se defendido caso não tivesse sido pego desprevenido.
O profissional responsável pela preparação do corpo, Natalino Teixeira, relatou que o trabalho foi um dos mais complexos de sua carreira, devido à quantidade de perfurações e cortes. Foram necessárias mais de quatro horas de trabalho para realizar a conservação do corpo, a reparação facial e a sutura entradérmica, garantindo que o velório ocorresse com o caixão aberto, conforme o desejo da família.
A principal suspeita, esposa de Valter, teve alguns ferimentos pelo corpo, e após alta hospitalar, a passou por audiência de custódia no fórum de Chapecó, sendo encaminhada logo após para o presídio do município, onde deve ficar por 30 dias. O processo tramita na 2ª Vara Criminal da comarca.
Fonte: ClicRDC
