quinta-feira, agosto 7, 2025
InícioPolítica e CotidianoPrisão de Bolsonaro expõe racha no STF e fragilidade do Congresso Nacional

Prisão de Bolsonaro expõe racha no STF e fragilidade do Congresso Nacional

Confira a coluna do jornalista André de Lazzari

Foto: Grupo Condá de Comunicação

A decisão de Alexandre de Moraes de decretar a prisão domiciliar de Bolsonaro gerou desconforto entre ministros do Supremo Tribunal Federal. Conforme a newsletter The News, nos bastidores, a medida foi considerada precipitada por parte da Corte. Sem consultar os colegas, Moraes usou sua prerrogativa de relator para ordenar a prisão, após Bolsonaro descumprir medidas cautelares.

Para alguns ministros, o ideal seria ignorar a provocação e aguardar o julgamento de setembro. A condução solitária, somada à sanção dos EUA com base na Lei Magnitsky, ampliou o isolamento do ministro. Na prática, o Supremo se dividiu. Após as medidas tomadas pelo governo americano contra Moraes, seis ministros se manifestaram a favor do colega, enquanto Kassio Nunes, André Mendonça, Fux e Toffoli preferiram o silêncio.

Essa divisão ficou ainda mais visível no jantar oferecido por Lula na semana passada. Cinco dos 11 ministros do STF não compareceram, mesmo após o pedido de Moraes por uma manifestação conjunta contra as sanções da Lei Magnitsky. Fontes próximas ao Supremo indicam que o próprio presidente do STF, Roberto Barroso, tem expressado frustração com a tensão interna. Prestes a deixar o comando da Corte, ele poderia até antecipar sua saída definitiva.

- Continua após o anúncio -

Enquanto isso, no Congresso…

Depois de 30 horas de paralisação por um motim realizado por aliados de Bolsonaro, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), conseguiu voltar a sua cadeira e abrir a sessão na noite de ontem (6). Ao longo do dia, Motta ameaçou suspender mandatos por até seis meses e acionou a polícia legislativa. A retomada só ocorreu após negociação com a oposição, mediada por Arthur Lira.

A ocupação teve de tudo: deputados com esparadrapo na boca, senadores acorrentados à mesa, e até uma deputada com bebê no colo sentada na cadeira da presidência. A exigência do grupo era forçar a pauta da anistia aos envolvidos no 8 de janeiro e a votação sobre o fim do foro privilegiado. Segundo o líder do PL, esse acordo entre aliados de Bolsonaro e Centrão foi realizado.

O fim da paralisação pode ter motivado a decisão da deputada federal Caroline de Toni (PL-SC), líder da Minoria na Câmara dos Deputados, a atender ao convite do vereador Fernando Cordeiro (PL) para vir a Chapecó receber a Medalha “O Desbravador”, condecoração anual entregue pela Câmara de Vereadores, que terá sua solenidade na noite de hoje (7), no Centro de Eventos. Até as 8h de hoje, não houve mudança de decisão por parte de Carol.

Recadinhos

  • Uma grande novidade vem aí no ClicRDC! Vou estar com vocês em um novo produto do portal, que irá dar voz à nossa comunidade, e permitir que eu conheça melhor Chapecó e região. Aguarde!
  • Escandalosa a cena proporcionada pelas decisões da Convenção Coletiva de Trabalho do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio de Chapecó e Região (Sindicom) na noite de ontem.
  • Debaixo de chuva, dezenas de pessoas tiveram que esperar do lado de fora do prédio onde fica o sindicato, na Avenida Getúlio Vargas, para entregar a Carta de Oposição a fim de não ter descontada a contribuição sindical do seu salário.
  • Conforme brecha legal autorizada pelo STF, os sindicatos podem restringir a entrega da Carta de Oposição para apenas o período das assembleias sindicais, mas isso precisa constar na Convenção Coletiva de Trabalho.
Publicidade

Notícias relacionadas

SIGA O CLICRDC

147,000SeguidoresCurtir
120,000SeguidoresSeguir
13,000InscritosInscreva-se

Participe do Grupo no Whatsapp do ClicRDC e receba as principais notícias da nossa região.

*Ao entrar você está ciente e de acordo com todos os termos de uso e privacidade do WhatsApp