
A bicampeã olímpica de vôlei feminino, Thaísa Daher, está em Chapecó nesta segunda-feira (7) para realizar a palestra Talk Mentalidade de Sucesso, no Centro de Eventos, a partir das 19h30. O evento beneficente deve reunir cerca de 650 pessoas, que garantiram entrada com a doação de um quilo de alimento não perecível.
De acordo com as organizadoras, a escolha de Thaísa foi motivada por sua trajetória de superação: nascida em uma família com poucos recursos, iniciou no esporte aos 14 anos e, com apenas 16, já era campeã mundial juvenil. A atleta conquistou dois ouros olímpicos — em 2008 (Pequim) e 2012 (Londres) —, além do bronze nos Jogos de Paris 2024. Também possui títulos importantes pela Seleção Brasileira, como cinco ouros em Grand Prix, medalhas em mundiais e no Pan-Americano de Guadalajara.
Antes da palestra, Thaísa visitou a Prefeitura de Chapecó, onde foi recebida pelo prefeito em exercício, Valmor Scolari, e pelo secretário de Esportes e Juventude, Agnaldo Veriato Pereira. Durante o encontro, ela apresentou seu projeto de escola de vôlei online e eventos presenciais voltados à formação de jovens atletas.
Scolari ressaltou os investimentos de Chapecó no esporte, como a construção de Centros Multiuso e o incentivo a atividades no contraturno escolar. Já o secretário Agnaldo destacou os polos do Programa Atleta do Futuro, que atende crianças e jovens em 19 modalidades esportivas.
BIOGRAFIA
Thaísa ganhou tudo e mais um pouco no vôlei.
Uma das jogadoras mais altas do vôlei mundial de sua geração (1,96m), Thaisa começou a jogar aos 14 anos, no Tijuca Tênis Clube, do Rio, e aos 16 já era campeã mundial juvenil. Aos 18, bi.
No ano seguinte, 2006, já estava na seleção adulta e, a partir de 2007, com vaga cativa. No ouro olímpico em 2008, ainda era reserva de Fabiana e Walewska, mas logo tomaria o lugar da segunda para não mais sair também do time titular. Em Londres-2012, a dupla de rede do Brasil já era Fabiana e Thaisa, uma das melhores da história do voleibol.
A lista de títulos é enorme. Cinco ouros em oito finais de Grand Prix, duas medalhas em Mundiais (prata em 2010, bronze em 2014), uma prata na Copa dos Campeões de 2009, um ouro e uma prata em Jogos Pan-Americanos, sem contar o que conquistou por clubes como Minas, Osasco, Rexona e Eczacibisi, da Turquia.
Essa única passagem pelo exterior foi traumática. Thaisa voltou machucada, recebeu apoio de Zé Roberto para o tratamento e reforçou o recém-formado time do Barueri. Já de volta ao Minas, anunciou, às vésperas de Tóquio-2020, que estava aposentada da seleção e não iria aos Jogos Olímpicos.
Carol Gattaz a substituiu na campanha da prata, mas a veterana também se machucaria em 2023. Zé Roberto precisava de uma central experiente para o Mundial e Thaisa topou voltar. Seguiu por mais um ano na seleção, para conquistar, novamente como titular, o bronze em Paris. Aos 37 anos, ainda foi a quarta melhor bloqueadora do torneio olímpico.