Ouça a coluna:
Em 5 de julho do ano passado, iniciamos a coluna Política e Cotidiano aqui no ClicRDC. Hoje (30), já na segunda temporada do espaço opinativo, chegamos a marca de 200 edições entregues, e como deu para perceber, a audiência e o engajamento da comunidade aumentou muito da edição 100 para a edição 200. Isso me fez perceber o quanto é necessário nós, enquanto sociedade, sermos mais maduros ao analisar o nosso dia a dia.
Tenho o grande privilégio de ser amigo do Pr. José Paulo Nogueira, líder da Igreja Renovar em Cristo, onde congrego. Em um dos momentos de conversa informal, fora da igreja, perguntei a ele por que as pessoas oram pouco, e a resposta foi abrangente: “porque as pessoas perderam o hábito de conversar, não conseguem desenvolver um diálogo. Não é por falta de assunto que as pessoas oram pouco ou não oram”.
Aqui está um problema gravíssimo, em que seu prejuízo vai muito além da questão do relacionamento pessoal nosso com Deus, que é primaz; ele atinge todas as camadas do nosso cotidiano, e é bem refletida nos comentários que recebemos diariamente na coluna, sobretudo na expressão da atual polarização política, que endeusa pessoas e joga Deus para bem longe do centro das atenções da vida de muitos.
Por isso, chegando a esta marca simbólica de 120 mil palavras escritas durante quase 10 meses de trabalho, se pudesse pedir algo ao internauta, pediria que você lesse mais. Não se desenvolve um diálogo com qualquer pessoa, dos mais próximos aos desconhecidos, se não houver conteúdo absorvido por uma boa leitura e interpretação de texto. Nosso país vai mal nisso, e nossa realidade regional não foge à nacional em termos educativos. Dito isso, muito obrigado a você que faz, a cada dia, essa coluna crescer mais e mais! Saúde!
Perigo socialista?
Tivemos mais de 40 comentários referentes à coluna de ontem (29), que associou a novela Vale Tudo, da TV Globo, à polêmica envolvendo a suposta camisa vermelha da Seleção Brasileira e a desvalorização da brasilidade. O comentário que considero ser mais bem construído veio do internauta Gilmar Ferrandin. Pode não concordar com ele, inclusive achei alguns pontos exagerados, mas que o argumento foi bem costurado, isso ninguém pode negar.
Gilmar afirma que o objetivo de abandonar as cores patrióticas seria “uma forma de preparar as mentes dos brasileiros para o projeto ideológico socialista/comunista da esquerda para o Brasil”. Ele afirma que o lulismo, “através de um ato que parece inocente”, está trabalhando o inconsciente coletivo, “enraizando nas mentes dos torcedores do futebol brasileiro e em todos que assistem aos jogos, a cor símbolo do socialismo/comunismo”.
Para Ferrandin, a psicologia é clara nesse aspecto: “esse método associativo da cor vermelha, plantará no inconsciente coletivo com relevante eficácia a curto e médio prazo, a ideia de um Brasil socialista/comunista”. Ele argumenta que há tempo, dezenas ou quem sabe centenas de ações políticas e institucionais estão alinhadas aos ideais do socialismo e do comunismo.
Ele usa como exemplo os auxílios e benefícios sociais intermináveis, que “se enraizaram no Brasil como dever do Estado sustentar milhões de pessoas sem exigir nada em troca, e pior, sendo bancados pelo sacrifício dos pagadores de altíssimos impostos”. O perigo da generalização se vê neste comentário, até porque benefícios sociais são importantes para aqueles que estão em situações de emergência ou extrema pobreza, mas convenhamos, o que ocorre hoje no Brasil é uma farra, e dessa farra continuaremos escrevendo por aqui.
Recadinhos
* O programa Sala de Debates de hoje, da Condá FM, recebeu os comentaristas Alex Passos, Írio Grolli, Ricardo Cavalli, Robson Santos e Thiago Etges, para destacar os últimos movimentos políticos nacionais.
* Quanto ao Projeto Brasil de Michel Temer (MDB), que abordei na coluna de segunda-feira (28), Alex aponta como melhor nome do grupo sondado pelo ex-presidente o do governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos).
* Ronaldo Caiado (União), governador de Goiás, reverteu a sua condição de inelegibilidade no TRE-GO e foi citado por Robson como candidato viável. Cavalli citou João Rodrigues (PSD) na conversa: “Ele não ofende quem não vota nele”.
*Amanhã (1º), a coluna não circulará, em respeito ao feriado do Dia do Trabalho, mas estaremos normalmente na programação da Condá FM durante todo o dia.
