





A Polícia Científica de Santa Catarina concluiu o laudo pericial sobre a explosão registrada em uma empresa de asfalto em Cordilheira Alta, no dia 18 de fevereiro deste ano. O acidente ocorreu durante o descarregamento de emulsão asfáltica, resultando na morte de um trabalhador e deixando outros três feridos.
De acordo com os peritos, a explosão foi causada pelo acúmulo de vapores inflamáveis no interior de um dos tanques, que estava sendo abastecido com a emulsão. A situação se agravou com o uso indevido de um maçarico alimentado com gás GLP, que teria sido utilizado para tentar acelerar o escoamento do material. O equipamento acabou funcionando como fonte de ignição para os gases, provocando o acidente.
O impacto gerado pela explosão causou forte deslocamento de ar e destruiu parte das estruturas da empresa. Além da análise técnica no local, a equipe pericial realizou exames laboratoriais com amostras recolhidas durante a investigação.
O laudo conclui que as práticas adotadas na operação desrespeitaram protocolos mínimos de segurança exigidos para o manuseio da substância, o que contribuiu diretamente para o ocorrido.
O documento já foi encaminhado à autoridade policial responsável pelo inquérito e deve embasar a apuração de eventuais responsabilidades criminais, civis ou administrativas.
Relembre o caso:
A Polícia Civil (PC) divulgou na noite de terça-feira (18), uma nota oficial em que identifica a vítima fatal da grave explosão em uma empresa privada localizada às margens da SC-157, em Cordilheira Alta, no Oeste de Santa Catarina. Conforme a PC, o homem, de 44 anos, identificado como Vitor Ferreira de Mello Neto foi a vítima do acidente.
Conforme o Corpo de Bombeiros, o acidente foi registrado por volta das 13h20, quando um caminhão tipo carreta, que realizava o transvase de emulsão asfáltica de ruptura lenta (código ONU 90 3082) para um tanque estacionário, sofreu uma explosão de grande proporção.
Quatro pessoas ficaram feridas no acidente, sendo o condutor do caminhão, que não resistiu aos ferimentos, e três funcionários da empresa que recebia o material. As vítimas foram encaminhadas com urgência até o Hospital Regional do Oeste (HRO), em Chapecó (SC).