Por SC em Pauta
Acusações de perseguição política movimentam Brasília
O prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), está disposto a elevar o embate político contra o delegado-geral da Polícia Civil, Ulisses Gabriel. Rodrigues anunciou que, nos próximos dias, liderará um grupo em Brasília para formalizar uma denúncia no Ministério da Justiça. A acusação central é o suposto uso da estrutura do Estado para perseguir adversários políticos.
Reunião em Itapema: definições estratégicas
No último final de semana, lideranças políticas e delegados se reuniram em Itapema para discutir os próximos passos. Entre os participantes estavam prefeitos, vices e outros líderes políticos, que, segundo fontes, validaram a apresentação de documentos que, alegadamente, comprometem Ulisses Gabriel.
Os itens a serem incluídos na denúncia incluem processos, inquéritos, prints de conversas de WhatsApp e até depoimentos de testemunhas que reforçariam a acusação de perseguição. “Os documentos são fortes”, afirmou uma fonte. “Mostram como a estrutura estatal está sendo usada de forma inadequada para atingir adversários políticos.”
Conflito de interesses e ambições eleitorais
Ulisses Gabriel, ex-membro do PSD, deixou o partido após divergências e se aproximou do governador Jorginho Mello (PL). Essa aliança o levou ao comando da Polícia Civil. Fontes ligadas ao PSD apontam que as ambições políticas de Gabriel, que pode disputar novamente uma vaga de deputado estadual, teriam gerado atritos com João Rodrigues, potencial pré-candidato ao Governo do Estado.
O delegado, por sua vez, nega todas as acusações. Em nota divulgada no sábado, Ulisses Gabriel afirmou que a Polícia Civil atua com autonomia técnica e imparcialidade, descartando qualquer perseguição política.
Desdobramentos aguardados
Com o crescente clima de tensão, o caso promete repercutir na esfera política estadual e nacional. A apresentação da denúncia formal em Brasília pode trazer novos desdobramentos, colocando ainda mais foco nos bastidores da política catarinense.
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