quarta-feira, janeiro 15, 2025
InícioPolítica e CotidianoAté quando vai durar a compra de votos no Oeste Catarinense?

Até quando vai durar a compra de votos no Oeste Catarinense?

Confira a coluna do jornalista André de Lazzari

Foto: Jornalista André Lazzari

Ouça a coluna:

O Ministério Público Eleitoral ingressou com uma ação de investigação judicial contra o prefeito de Belmonte, Jair Giumbelli (PL), e o vice, Cleonir Piton (MDB), por suspeita de compra de votos nas eleições de 2024. De acordo com a denúncia apresentada pelo promotor eleitoral, há indícios de que Cleonir teria negociado o pagamento de R$ 2 mil para uma eleitora em troca de votos da família.

A conversa, feita via WhatsApp, incluiu uma promessa explícita e o envio de um comprovante de transferência via PIX, segundo a promotoria. O Ministério Público considera que o ato comprometeu a integridade do processo eleitoral e pediu a cassação dos diplomas de ambos, além do pagamento de multa. A prática é configurada como crime de compra de votos, prevista no artigo 299 do Código Eleitoral.

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Em defesa, Jair Giumbelli afirmou ao repórter Ricardo Orso, da Rádio Peperi, que as acusações são infundadas e fruto de uma armação política: “Isso é desespero de perdedor. Não há nada que comprometa nossa gestão ou o pleito”. Ele argumenta que o repasse de dinheiro foi um empréstimo e que a relação entre Piton e a eleitora era de amizade. Jair estava buscando a reeleição, e conseguiu, com 52,3% dos votos, contra 43,2% de Genésio Bressiani (PSD), que tentava voltar após ter sido prefeito entre 2013 e 2021.

Giumbelli deu a versão dele sobre a transação para a eleitora: “A conversa começou com ela pedindo o dinheiro para resolver um problema da filha dela. Ele ajudou porque eles eram amigos, tinham intimidade, e só depois pediu o voto, mas não em troca do dinheiro”. Me chama a atenção desse caso ser típico de uma tentativa judicial para acirrar uma disputa familiar pelo poder, isso porque Jair é parente de Volmir Giumbelli, prefeito de Belmonte entre 2001 e 2005.

Jair destacou que a eleitora, após receber o valor, declarou-se apoiadora do partido adversário, atuando como fiscal de urna e exibindo adesivos da oposição durante a campanha. “Ela estava totalmente ligada ao grupo. Como ela poderia comprometer a eleição em nosso favor?”.

Giumbelli também questionou a integridade das provas apresentadas, já que algumas mensagens de WhatsApp foram apagadas: “Isso mostra que a conversa foi manipulada para nos prejudicar. Vamos provar na Justiça”, concluiu. Obviamente, é necessário esperar o processo judicial sobre esse caso, entretanto, é necessário abordar, independentemente da existência do fato ou não, a gravidade do crime de compra de votos.

Entendendo que outras acusações estão sendo investigadas e julgadas em outros municípios do Oeste Catarinense, ficam algumas perguntas: com a quantidade de informação que temos, até quando vai durar a compra de votos na nossa região? Será que alguns políticos e eleitores oestinos ainda são tão infantis assim? Quanto vale o poder para alguns? As punições aos casos que foram comprovados estão sendo exemplares? É hora da Justiça ser mais enérgica quanto a essas situações para inibir este crime tão imoral.

Recadinhos

  • A campanha ‘Ajude o Claude’ continua arrecadando fundos para a reabilitação de Claudenir de Morais, vítima de um acidente de trabalho ocorrido em 5 de novembro do ano passado. As doações podem ser feitas pelo site vaka.me/5202451.
  • O programa Sala de Debates da Condá FM de hoje (15) recebeu o psiquiatra Paulo Machado. Ele fez críticas à forma como a saúde mental é conduzida na rede pública de saúde.
  • Paulo afirma que a demora é grande para consulta com psiquiatras pelo SUS em Chapecó, numa média de três meses entre o encaminhamento e a consulta, no caso de adultos. Ele também criticou os medicamentos disponíveis para tratamentos.
  • Amanhã (16), o programa receberá representantes da Cidasc, Epagri, Icasa, Vigilância Sanitária e Secretaria de Agricultura da Prefeitura de Chapecó. Haverá um grande debate sobre a raiva, doença que preocupa o campo e a cidade.
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