Ouça a coluna:
Na tarde de sábado (4), precisei acompanhar um familiar no Pronto Socorro do Hospital Regional do Oeste (HRO). Após 30 minutos de espera na recepção, ela recebeu a classificação de risco conforme resolução do Ministério da Saúde, e foi qualificada com a cor verde, que significa uma necessidade pouco urgente de atendimento, em que o paciente pode esperar até duas horas para receber a consulta.
Mas a espera foi de três horas e meia, porque, em quase todo esse tempo, havia apenas um médico no consultório. O Pronto Socorro não estava lotado. Após a consulta, a pessoa que acompanhei fez imediatamente o eletrocardiograma a qual foi encaminhada. Logo depois, teve de esperar mais uma hora para a reavaliação e o encaminhamento para novos exames.
No total, a familiar passou quase 12 horas dentro do hospital, em um atendimento que certamente poderia ser realizado na metade do tempo se não houvesse a clara falta de médicos nesse setor importante do principal hospital do Oeste catarinense. Pessoalmente, não posso reclamar da equipe médica que atendeu a paciente, mas registro a indignação pela falta de profissionais e de gestão das escalas do HRO, que estão prejudicando a população.
A UPA 24h do bairro Presidente Médici, principal posto de pronto atendimento da região, não dispõe de equipamentos de tomografia e ultrassom, necessários para muitos atendimentos de urgência e emergência. A compra desses aparelhos por parte da empresa que administra a unidade também é uma solução para este problema. A coluna procurou a assessoria de imprensa do HRO, e publicará o posicionamento da unidade hospitalar assim que ele chegar.
O governo Lula é pró-palestina, só não quer admitir
Yuval Vagdani, soldado israelense que estava aqui no Brasil de férias, teve que deixar o país às pressas em direção à Argentina, após ter virado alvo de busca da Polícia Federal. Segundo a newsletter The News, tudo começou quando uma organização Palestina que vasculha as redes sociais dos soldados israelenses pediu que a Justiça brasileira determinasse a investigação de um soldado das Forças de Israel.
A organização apontou que ele cometeu um ataque com explosivos em um bairro residencial em Gaza, e que o Brasil, como signatário do Estatuto de Roma, deveria prendê-lo por isso. O Brasil, então, abriu uma investigação contra Yuval, o que fez a notícia chegar até Israel. Um parlamentar israelense afirmou que o Brasil se tornou um “Estado patrocinador de terroristas” e que “Israel não ficará de braços cruzados”.
Além disso, o governo israelense alertou os soldados a tomarem cuidado com postagens em redes sociais, para evitar virarem alvo de “acusações sem fundamentos”. O fato repercutiu na imprensa internacional, mas não internamente e, portanto, é necessário pontuar algumas questões.
A relação diplomática entre Brasil e Israel não está em sua melhor fase e, pouco mais de um ano depois do primeiro ataque, os aliados parecem ficar mais evidentes. No ano passado, Lula foi declarado persona non grata, depois que ele comparou os atos de Israel em Gaza com os atos nazistas de Hitler. Em relação à Palestina, também no ano passado, o Brasil colocou em vigor um acordo de livre comércio com a região, como um claro gesto de apoio ao povo da região.
Esses gestos traem as convicções da maioria dos brasileiros, que têm uma opinião pró-Israel no conflito contra os terroristas do Hamas. Quem perde mais nessa guerra, obviamente, é a população Palestina, que é mais pobre e vulnerável. Entretanto, entendo que a forma como o governo Lula tem se posicionado a favor da Palestina não considera essa população, mas sim, o mesmo motivo pelo qual o Planalto ‘passa pano’ para Nicolás Maduro e outros ditadores da esquerda: a ideologia.
Recadinhos
- A campanha ‘Ajude o Claude‘ segue arrecadando fundos para a reabilitação de Claudenir de Morais, vítima de um acidente de trabalho em 5 de novembro do ano passado. As doações podem ser feitas pelo site vaka.me/5202451.
- O imigrante venezuelano Alexander Aragol está buscando apoio para o podcast “Yo Sí Soy Inmigrante” (Eu sim sou imigrante, em português), programa produzido em Chapecó onde participei durante as enchentes de maio no Rio Grande do Sul.
- Alexander é profissional de informática e pedagogo. No “Yo Sí Soy Inmigrante”, ele relata histórias, faz entrevistas e dá conselhos destinados a capacitar os imigrantes.
- Temas essenciais como integração cultural, desenvolvimento profissional e estratégias para superar os desafios da imigração são abordados nesse produto. Interessados em apoiá-lo podem enviar um WhatsApp para (95) 9 9163-5644.