Ouça a notícia:
Antes do Papai Noel que conhecemos hoje, o Natal passou por muita história ao longo dos séculos. Apesar de ser celebrado em 25 de dezembro, os evangelhos não citam a data de nascimento de Jesus, e os historiadores discordam sobre como a data se tornou associada ao nascimento de Cristo. O que se sabe é que diversos povos já possuíam celebrações de fim de ano, o que facilitou a formação da data, pela primeira vez por volta do ano 336, pela Igreja Católica em Roma.
O ato de presentear, que é o mais relevante para o mercado, está ligado à tradição cristã dos Reis Magos, que ofereceram presentes ao menino Jesus. Apesar disso, só foi incorporado ao comércio apenas no século XIX, quando lojas começaram a incentivar o consumo de presentes para crianças e familiares.
A figura do Papai Noel é inspirada em São Nicolau, um bispo do século IV conhecido pela generosidade. Já a imagem de um homem barbudo com roupas vermelhas ganhou força pelas marcas, especialmente da Coca-Cola, nos anos 1930. Existe até um boato de que foi a empresa de refrigerante quem pintou suas roupas de vermelho pela primeira vez.
Foi a partir dessa época que marcas começaram a associar o Natal a campanhas publicitárias, criando catálogos de presentes e vitrines temáticas. Os atributos de família, união e magia começaram a se destacar, e a celebração deixou de ser apenas uma celebração religiosa e tornou-se um fenômeno comercial global.
Segundo uma matéria da newsletter The News, o valor estimado para o movimento em vendas do Natal de 2024 no Brasil é de R$ 69,75 bilhões, um aumento de 1,3% em comparação com o ano passado. Os setores de supermercados (45%), vestuário, calçados e acessórios (28%) e artigos de uso pessoal e doméstico (11%) são os setores com maior participação no faturamento das vendas de Natal.
O número estimado de funcionários temporários para atender ao volume de vendas do comércio neste ano foi de 98.100 pessoas, sendo 2.300 trabalhadores a menos do que no ano passado. Apesar dos empregos gerados, do movimento econômico e da felicidade que há em presentear alguém querido nessa época do ano, não lhe parece que a transformação do Natal em um evento comercial foi um processo lento, planejado e com o claro objetivo de ofuscar o aniversariante da festa?
Imaginem um Natal sem Papai Noel. Há 100 anos, isso era uma realidade! Quantas famílias pagariam um bom valor em dinheiro para não ter esse personagem no cenário do fim de ano? Existem muitos que, como eu, estão aprendendo a pensar ou já pensam há muito tempo contra a maré, porque veem manipulação e até mesmo elementos de bruxaria em um personagem que foi imposto como central no Natal, no lugar de Jesus. Nenhum dinheiro paga o que esse homem fez pela humanidade.
Recadinhos
- A campanha ‘Ajude o Claude’ segue arrecadando fundos para a reabilitação de Claudenir de Morais, vítima de um acidente de trabalho em 5 de novembro. As doações podem ser realizadas no site vaka.me/5202451.
- Um ingrediente a mais nessa história é a negação inicial que o INSS fez do benefício por incapacidade ao Claude. Enquanto a família realiza uma nova tentativa, o apoio da população é essencial.
- O programa Sala de Debates de hoje (26) entrevistou o vereador Neuri Mantelli (PSD), que continuará na Câmara de Vereadores de Chapecó graças à dança das cadeiras causada pela formação do novo secretariado de João Rodrigues (PSD).
- Como prioridade para o início do quarto mandato como vereador, Neuri destacou a saúde. Ele quer que as cirurgias eletivas dos chapecoenses sejam concentradas no Hospital Regional e que não sejam necessárias viagens para outros municípios.