terça-feira, abril 29, 2025
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Os números da Unochapecó em 2024 e onde ela pode melhorar

Confira a coluna do jornalista André de Lazzari

Foto: Jornalista André Lazzari

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Hoje dedico a coluna à minha alma mater. Esse termo do latim é usado para falar carinhosamente da universidade onde você se formou, e no meu caso, estou falando da Unochapecó. A coletiva de imprensa desta manhã mostrou os números do exercício 2024 da universidade, e revelou que além dos resultados obtidos pela instituição, existem pontos em que pode haver melhora. Vamos fazer essas sugestões de forma pública, pois a Unochapecó é uma universidade comunitária, logo, ela é de interesse da população.

O Censo da Educação Superior, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), mostra que em Chapecó, no ano passado, havia 25.982 estudantes no Ensino Superior. Deles, 55,2% estavam em cursos presenciais, e 44,8% em cursos à distância. Em 2023, 13.422 pessoas começaram a estudar em cursos superiores no município, sendo que 56,8% dos alunos preferiram cursos à distância.

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No ano passado, o curso superior presencial com maior número de estudantes em Chapecó foi Pedagogia, com 897 alunos; seguido de Direito, com 634 estudantes, e Administração, com 551. De 2014 a 2023, a Unochapecó perdeu boa parte da participação que tinha no mercado do Ensino Superior presencial, mas continua líder com boa margem: de 54,9% do total de alunos em 2014, a universidade hoje possui 33,3% do total de estudantes em Chapecó. Entretanto, a segunda colocada chega a apenas 18,9% de participação.

Atualmente, a Unochapecó possui mais de 7.400 alunos, sendo 6.300 em cursos de graduação, quase mil em cursos de pós-graduação e cerca de 170 no Colégio Unochapecó e no curso técnico. Em bolsas, a universidade pagou quase R$ 77 milhões em 2024, beneficiando 4.200 dos 7.400 estudantes. Cerca de 55% deles estão envolvidos com algum projeto de extensão, o que é impulsionado pelas contrapartidas exigidas às bolsas de estudo.

No esporte, 70 estudantes foram beneficiados com bolsas que envolveram 13 modalidades. Dos R$ 742 mil pagos neste tipo de benefício, cerca de 40% ficaram com a Chapecoense. Atualmente, a Unochapecó emprega 820 pessoas, sendo 392 professores e outras 428 pessoas entre técnicos-administrativos, menores aprendizes, estagiários e monitores. A estrutura de saúde da universidade atendeu quase 6 mil pacientes neste ano. O serviço sociojurídico atendeu mais de 1.300 pessoas.

Na internacionalização, 38 convênios garantem o contato da Unochapecó com universidades de 14 países das Américas, da Europa e da Ásia. O Pollen Parque captou mais de R$ 8 milhões em 45 projetos de inovação. Para 2025, a Unochapecó terá o maior orçamento da história, chegando a R$ 161,6 milhões, valor R$ 10 milhões maior do que a previsão de fechamento para o orçamento de 2024, que deve ter um superávit de R$ 6,2 milhões.

Com os ventos soprando a favor da universidade, depois de uma grave crise econômica nos anos de 2019 e 2020, acredito que é hora da Unochapecó ser mais ousada na oferta de pós-graduação, tanto nas áreas de formação, como a comunicação, onde há apenas um curso com inscrições abertas, e na formatação desses cursos, focando em entregar para o mercado de trabalho especialistas nas áreas que são estudadas, pessoas que possam chegar aos grandes centros e fazer história, não apenas professores universitários.

Recadinhos

  • A campanha ‘Ajude o Claude’ continua arrecadando fundos para custear a reabilitação de Claudenir de Morais, que sofreu um acidente de trabalho em 5 de novembro. As doações podem ser realizadas pelo site vaka.me/5202451.
  • A Unochapecó quer expandir o Colégio Unochapecó, começando a ofertar turmas do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental. A implantação é meta para 2025.
  • Além disso, um dos blocos da universidade foi alugado para a Prefeitura de Chapecó instalar a Escola Básica Municipal Cívica de Inovação e Tecnologia Eli Bellani, que começa a funcionar em fevereiro.
  • Outra meta da universidade é abrir o curso de Medicina no campus de São Lourenço do Oeste. Na infraestrutura, os principais desafios são a construção de um novo ginásio, e a instalação de energia fotovoltaica no estacionamento dos campi.
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