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João Rodrigues, 57 anos, natural de São Valentim-RS. Pai de duas filhas, Caroline e Maria Paula. Casado com Fabiana Matte Rodrigues. A família do prefeito reeleito de Chapecó, que conseguiu históricos 83% dos votos válidos nas eleições de 6 de outubro, fechou a campanha eleitoral deste ano com a imagem de algo que João sempre defendeu. Quando eram 18h do domingo eleitoral, a minha voz foi a responsável por anunciar que, conforme o sistema de apuração paralela do Grupo Condá de Comunicação, João Rodrigues estava eleito.
No gabinete dele, conversamos sobre aquele momento, e no que ele pensou por primeiro quando ouviu o anúncio: “O primeiro pensamento foi de que valeu a pena. Valeu a pena acordar de madrugada para buscar um dependente químico que estava se perdendo em uma esquina da cidade, valeu a pena ter a coragem de implementar um processo inédito no Brasil de cirurgias bariátricas pagas pelo poder público para pessoas carentes e em risco de morte, valeu a pena fazer todas as obras que realizamos. Valeu porque não há dinheiro, não há fortuna que pague o apoio de uma sociedade de forma suprapartidária. Não foi por partido, não foi um projeto político, mas um projeto aprovado pela população de um governo que deu certo. O primeiro pensamento foi de gratidão à família, que esteve ao meu lado em todos os momentos, e de relembrar os piores momentos da vida”, afirma João.
Com a implementação da reforma administrativa, a Prefeitura de Chapecó passa a contar com 16 secretarias. A mudança foi planejada para descentralizar responsabilidades e economizar recursos públicos. Segundo o prefeito, a medida reduziu 132 cargos comissionados e resultará em uma economia mensal de R$ 320 mil a partir de janeiro: “O primeiro passo foi avaliar o tamanho da cidade, os problemas e a necessidade de distribuir tarefas. Quando você concentra muito poder em um só secretário, ele se torna um “super-secretário” e não consegue atender a todas as demandas. Por isso, dividimos as secretarias. Por exemplo, transformamos as fundações de Esporte e Cultura em secretarias, pois manter como fundação resultaria em um gasto muito alto devido às exigências do Tribunal de Contas.” explicou João.
Destaquei ao prefeito a criação da Secretaria Institucional e de Captação de Recursos. João explicou que a pasta deve contar com um profissional dedicado exclusivamente a buscar recursos em Brasília e Florianópolis, junto ao governo federal, estadual e ao Congresso.
Como já escrevi na minha coluna diária no ClicRDC, quem mais chamou minha atenção na nominata do novo secretariado foi Luciano Huning. O atual coordenador municipal da Defesa Civil assumirá a Secretaria de Proteção Social, no lugar de Ariete Lauxen. João Rodrigues o elogiou bastante e, nos bastidores, há a certeza de que a nomeação foi por mérito. Na Defesa Civil, uma feliz escolha do prefeito: o Coronel Walter Parizotto sairá do descanso obtido após sua aposentadoria, há alguns meses, do Corpo de Bombeiros, e terá a missão de estruturar a pasta no município que, conforme o próprio João Rodrigues, está bastante reduzida, com apenas quatro funcionários.
O próximo ano promete ser marcado por entregas importantes. Entre as principais inaugurações, estão a escola e a creche no bairro Desbravador; o Centro de Educação, Cultura e Esporte do Loteamento Thiago, no bairro Efapi; o Centro Integrado de Saúde da Efapi, com estrutura similar a um hospital; Creches e escolas nos bairros Esplanada, Trevo e Cristo Rei; e os parques Eldorado e Belvedere.
Além disso, a Arena Chapecó, no bairro Belvedere, será inaugurada no ano que vem a tempo de receber os Jogos Abertos de Santa Catarina. Outras melhorias incluem a nova grama sintética e a iluminação da Arena Condá, que devem ser entregues entre março e abril, e o novo Pavilhão 3 do Parque da Efapi, que deve ser entregue no mês de julho.
Desafios e planos para o futuro
Ao falar sobre o desenvolvimento da cidade, João Rodrigues enfatizou a importância de atrair investimentos privados para a região da barragem do Goio-Ên e melhorar a infraestrutura turística. Outro desafio será a ocupação responsável do entorno do Lajeado São José, com foco em preservação ambiental e saneamento: “Com responsabilidade, podemos permitir a ocupação ordenada e garantir investimentos que preservem o meio ambiente,” afirmou.
Para cada região citada, haverá uma lei específica que deverá ser sancionada em prazo determinado pela revisão do Plano Diretor de Chapecó. No caso do Goio-Ên, as discussões devem encerrar na segunda quinzena de junho para sanção da legislação. Já para a bacia do Lajeado São José, a sanção da nova lei deve ser realizada até o final de dezembro do ano que vem.
O prefeito encerrou a entrevista agradecendo à população de Chapecó e reforçando o compromisso com o desenvolvimento da cidade: “Quero agradecer pela confiança e convidar todos para que juntos possamos enfrentar os desafios. 2025 será um grande ano, assim como foi 2024”.