Dedicamos nossa coluna de hoje ao noticiário internacional. Começamos pela guerra civil na Síria que, ao contrário do que muitos pensam, não terminou. Vários grupos antigoverno armados se uniram e tomaram o controle de Aleppo, a segunda maior cidade do país, em mais um desdobramento da guerra. Esse é o maior ataque do conflito desde 2016 e mostra que os rebeldes, incluindo grupos terroristas, estão conseguindo se reorganizar para derrubar o regime de Bashar al-Assad.
Segundo a newsletter The News, diante da ofensiva, o governo da Síria recorreu a um de seus maiores parceiros: Vladimir Putin. Jatos russos bombardearam Aleppo na tentativa de retomar a cidade, o que não aconteceu. Aleppo virou símbolo mundial da guerra após a foto de Omran, uma criança que sobreviveu a um ataque aéreo na localidade. Com isso, a ação dos rebeldes não é só um grande golpe para o presidente sírio, mas também para os apoiadores russos e iranianos, que ajudam a Síria com treinamento e equipamento militar.
A guerra civil síria começou depois que Bashar al-Assad reprimiu manifestantes durante protestos pró-democracia em 2011, durante a chamada Primavera Árabe, que depôs entre 2011 e 2012 os presidentes da Tunísia, da Líbia, do Egito e do Iêmen. Desde então, meio milhão de pessoas morreram e quase 7 milhões fugiram do país.
De acordo com os estudos escatológicos e o contexto geopolítico atual, o cenário só tende a piorar. Qualquer promessa de paz só pode ser considerada se ela for efetivamente cumprida. Um exemplo contrário disso ocorreu com o último cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista Hamas na semana passada, que durou apenas três dias, quando originalmente deveria durar por meses.
Dólar e Yuan: a guerra já começou
O projeto de criação de uma tarifa de 100% sobre todos os produtos vindos dos países do BRICS, que inclui o Brasil, está na mesa de Donald Trump e pronto para ser usado já no ano que vem. No entanto, pelo que disse o próximo presidente dos Estados Unidos, a medida só deve entrar em vigor caso os países do bloco de economias emergentes decidam criar uma moeda alternativa ao dólar para negociarem entre si.
Segundo o The News, uma das principais pautas do BRICS tem sido a possibilidade de criar uma nova moeda, não para substituir o dinheiro de cada nação, mas sim como um meio de câmbio alternativo que não dependa do dólar. O próprio Lula já disse que essa é “uma discussão que não pode ser adiada”, e é justamente o Brasil que vai presidir o bloco a partir do ano que vem, pautando as discussões e medidas a serem tomadas.
Caso uma nova moeda seja criada, o BRICS vai fazer um contraponto ainda maior ao G7 e aos interesses dos EUA, ajudando países como Rússia, China e Irã a escapar de sanções americanas. E isso será extremamente prejudicial ao Brasil, que tem os EUA como segundo maior parceiro comercial, prejudicando produtos importantes da economia nacional, a exemplo do aço e de diversos grãos e alimentos. Não é hora de subestimar quem já demonstrou que fará um governo protecionista e nacionalista no país mais rico do mundo.
Recadinhos
- Segue a campanha “Ajude o Claude” para financiar a reabilitação e o custeio familiar de Claudenir de Morais, que sofreu um acidente de trabalho no dia 5 de novembro, em Chapecó. As doações podem ser feitas pelo site vaka.me/5202451.
Ontem (1º), o Amigos OJR se sagrou campeão da Série Prata do Campeonato Municipal de Futebol de Campo de Chapecó na Arena Condá com uma linda festa da torcida composta pelos irmãos e amigos da Igreja Renovar em Cristo.
Muitas críticas foram direcionadas ao projeto esportivo da igreja, mas todas foram respondidas à altura. Preconceitos foram vencidos, e a qualidade dos times de futsal, futebol sete e futebol de campo foram demonstradas em jogo. Respeitem!
Preocupação na Faesc pelo déficit da safra de milho. A Federação da Agricultura de Santa Catarina reforça a necessidade de investimentos urgentes em ferrovias e em novas políticas de exportação do grão ao exterior.