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A procura por vagas na nova unidade do Colégio Militar Feliciano Nunes Pires, em Chapecó, que ocupa parte da estrutura da EEB Zitta Flach, no bairro Passo dos Fortes, próximo à Vila Militar, demonstra que é necessário que a comunidade se mobilize pela militarização total da unidade escolar. Eu não imaginava que a procura por matrículas nas quatro turmas disponíveis, duas do 6º ano do Ensino Fundamental, e duas do 7º ano, seria tão grande.
Conforme informações da própria Polícia Militar, o primeiro link do formulário de inscrições para o sorteio das 140 vagas disponíveis teve mais de 4 mil acessos, e foi derrubado pelo Google. A PM teve de criar um segundo link, e deixar o acesso restrito a quem entrar no portal da corporação para acessar o edital com os documentos necessários para a inscrição. As crianças contempladas serão escolhidas por sorteio.
Hoje (22), na inauguração do Elevado da Bandeira, no estacionamento da Macropampa, o jornalista Marcos Albeirice questionou o governador Jorginho Mello sobre a situação da EEB Zitta Flach após a instalação do colégio militar. A forma como o colega se posicionou deixou claro que existem dois lados na história: as famílias que querem a continuidade da escola como integrante total da Rede Estadual de Ensino, sem dividir parte da estrutura com a unidade militar; e os que, como eu, defendem a militarização completa da unidade.
Faço a defesa pela militarização porque, primeiramente, o que a Secretaria de Estado da Educação passaria para a Polícia Militar seria uma escola com boa infraestrutura, relativamente nova, e bem localizada. Depois, precisamos considerar a demanda. A relação poderá ser de uma vaga para cada 30 inscrições! O colégio militar, com a estrutura completa do Zitta, poderia atender a 1.100 alunos dos Ensinos Fundamental e Médio, e não é isso que Chapecó merece? Uma escola militar completa!
Por fim, defendo a militarização da EEB Zitta Flach em respeito às centenas de famílias que lutam por vagas para os filhos nos Ensinos Fundamental e Médio no bairro Efapi. O dinheiro economizado pela Secretaria de Estado da Educação, com certeza, poderia representar uma pequena parte do valor total da obra de uma escola estadual de grande porte para atender a população do maior bairro de Chapecó. Falta atitude política para resolver esse gargalo, sem deixar tudo nas costas da Prefeitura.
Observem o respeito e a admiração que a Polícia Militar de Santa Catarina possui, e a sede por uma educação militar que milhares de pais possuem em Chapecó. É característico do momento político que vivemos, claro, mas acima de tudo é um clamor pelo direito que todos nós temos de ter acesso a uma educação de qualidade, da infância até a velhice.
Recadinhos
- Chiadeira da imprensa de Chapecó no que diz respeito à pouca frequência de visitas do governador Jorginho Mello (PL) à capital do Oeste, e também à dificuldade de conseguir entrevistas de longa duração com o mandatário.
- Como pode um governador do Oeste vir tão pouco à maior cidade da região? Isso pode ter resultados bastante negativos para o PL nas eleições de 2026 em Chapecó. As eleições municipais já deram o recado ao partido de Bolsonaro.
- A deputada federal Caroline de Toni (PL) foi cobrada por Raquel Lang nos bastidores do programa Sala de Debates de hoje sobre o assunto.
- João Rodrigues (PSD) anunciou os três shows nacionais que farão parte da programação de Natal da Prefeitura de Chapecó neste ano: Padre Ezequiel, Isadora Pompeo e Família Lima. O show do padre será o primeiro, dia 14 de novembro.
