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Ao Professor, com Carinho

Confira a coluna do jornalista André de Lazzari

Foto: Jornalista André Lazzari

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Hoje (15) é comemorado o Dia do Professor. Excelente momento para afirmar algo categórico: se não houvesse greve neste ano, os professores da Rede Estadual de Ensino em Santa Catarina não teriam conseguido um concurso público e a tramitação da descompactação da tabela salarial, que ocorre neste momento na Assembleia Legislativa.

Vários amigos e conhecidos, incluindo pessoas que trabalharam no Governo do Estado em outras administrações, durante conversas informais, opinam para mim que o atual governador, Jorginho Mello (PL), é um excelente articulador, mas um péssimo administrador. E o trato com o magistério estadual é um dos exemplos disso. Ele tinha todas as condições de evitar a greve e resolver os problemas na mesa de negociação. Jorginho sabia que havia um elemento ideológico favorecendo a greve, mas não negociou.

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Depois da greve, o governador anunciou com toda pompa o que, de fato, é o maior concurso público da história do sistema educacional de Santa Catarina. Chapecó terá 156 contratações em todas as unidades estaduais de ensino. No mês passado, o Governo do Estado enviou o projeto de lei para descompactação da tabela salarial dos professores, mas o Sinte já afirmou que o texto do Executivo é insuficiente para atender as reivindicações da categoria.

Com a necessidade de afastar as influências ideológicas, de Luciane Carminatti (PT) a Ana Campagnolo (PL), é hora dos deputados fazerem uma análise técnica do texto, e executarem, de forma precisa, o dever parlamentar de consultar todos os atores desta negociação, para que saia da Assembleia Legislativa um texto que esteja dentro do potencial que o Governo do Estado consegue atender aos professores da rede pública que possuem especialização, mestrado e doutorado, e que os agrade o máximo possível.

E muito mais do que apenas pagar um maior salário conforme a qualificação, ou ter professores mais novos à disposição dos alunos, os professores precisam de liberdade para exercer a autoridade que lhes cabe. Uma “escola sem partido” não significa uma “escola sem respeito”. Todos os educadores devem exigir dos estudantes, e dos pais e responsáveis por eles, o respeito que lhes é devido.

Com esta consciência por parte da comunidade escolar, será mais fácil identificar, inclusive, aquele professor que não está agindo de acordo com a profissão, para que tenha a devida advertência ou punição. Uma escola estadual de Chapecó, onde minha irmã mais nova estuda, passou por isso na semana passada, após intensa mobilização de pais que resultou na expulsão de um professor prestes a se aposentar, por comportamentos inadequados à profissão.

Recadinhos

  • O prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), precisa vir a público adiantar o máximo de informações que puder sobre a reforma administrativa que irá propor no início do ano que vem.
  • Não gosto de especulações, mas já circulam nos bastidores afirmações de que até quatro secretarias poderiam ser criadas para alocar os partidos da coligação vencedora das eleições.
  • Houve um esforço dentro do PSD para que houvesse chapa pura, e o mínimo de amarras possível dentro do grupo político que participou da esmagadora vitória de João Rodrigues. Além disso, a gestão municipal atual é bem avaliada.
  • No entanto, o próprio prefeito reconhece que a máquina municipal precisa crescer para atender ao crescimento do município. De que forma? Aí está a dúvida. Quanto mais rápida e completa for a resposta, melhor para a Prefeitura e para a população.
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