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Quem perdeu a eleição em Chapecó

Confira a coluna do jornalista André de Lazzari

Foto: Jornalista André Lazzari

Os resultados finais da eleição municipal em Chapecó revelaram grandes perdedores. E precisamos falar deles, pois todos nós passamos por perdas na vida. Começamos pelo maior derrotado da disputa deste ano: Pedro Uczai (PT). Para o internauta ter uma ideia, ele mandou uma mensagem ao jornalismo da Condá FM apenas após encerrarmos a cobertura eleitoral do domingo (6), por volta de 20h50.

Pedro demorou e demorou demais para assimilar o nocaute que levou das urnas, e olha que elas são pesadas! Não sei quando haverá a oportunidade de eu falar com ele pessoalmente sobre o ‘vareio de votos’ que levou, mas entendo que a reação dele foi muito tardia pelo massacre eleitoral. Imagine um cenário em que a diferença entre você e quem ganhou a eleição foi de ‘apenas’ 68,2 pontos percentuais! Foi isso o que aconteceu em Chapecó.

E ainda tem eleitor falando nas redes sociais que teve fraude, que a diferença foi maior ainda. Calma lá, também não é para tanto. O PT, mesmo com uma campanha vergonhosa e surreal, pelo peso dos nomes de Pedro Uczai e Luciane Carminatti, tinha condições de fazer até mais do que fez. Mas como João Rodrigues (PSD) bem disse nos debates, até a militância do 13 está desmotivada. Literalmente, é o mais do mesmo.

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Dentro da esquerda, a grande vitória das eleições em Chapecó é para o PCdoB. O comunismo elegeu dois dos três vereadores da oposição. Sem contar os votos de legenda, que ficam unificados para os dois partidos, o PT fez 6.924 votos para vereador, enquanto que o PCdoB fez 6.274 votos. Uma diferença de apenas 650 votos com uma estrutura muito menor para o 65. Se o PT não despertar, o que o PSOL fez em Porto Alegre, Florianópolis e São Paulo, o PCdoB vai fazer em Chapecó, assumindo a liderança da esquerda municipal.

Os candidatos injustiçados

Na matemática da eleição proporcional, o benefício aos partidos políticos é cruel, e três candidatos a vereador sentiram isso na pele: Dalvino Ferrari (PSD), Nivaldo Rosa (PSD) e Caren Machado (PT). Eles ficaram entre os 21 primeiros colocados em votos nominais, mas quando os votos de legenda entraram, os candidatos ficaram fora da lista de eleitos. Imagine o PSD com 10 de 21 cadeiras e a oposição ganhando uma quarta vaga?

A votação de legenda e a composição das listas de candidatos ao Legislativo favoreceram nessa eleição o União Brasil, o MDB e o Republicanos. Se fosse levado em conta a regra de ‘cada um por si’, que muitos defendem na eleição proporcional, pela primeira vez na história o MDB não teria cadeira na Câmara de Vereadores de Chapecó. E pelas atuais regras, isso não aconteceu por apenas 171 votos. O partido fez 5.744 votos, enquanto que o quociente partidário fechou em 5.574 votos.

Recadinhos

  • As incongruências de Chapecó estão aí, para todos verem. Amanhã (10) e quinta-feira (11), a UFFS promove o primeiro Encontro de Pesquisa e Redes de Ensino em Educação Integral da Região Sul no Centro de Eventos.
  • O evento trará, entre outras personalidades, a coordenadora geral de Educação Integral e Tempo Integral do Ministério da Educação, Raquel Franzim.
  • Um evento com esse tema para 1.200 pessoas, em um município onde as taxas de vagas em ensino integral são simplesmente vergonhosas, é falta de coerência!
  • Quero ver se no evento será citada a estratégia da Prefeitura de Chapecó de aumentar a oferta de ensino em tempo integral através dos centros de educação e esporte regionais. Duvido, e muito! É mais fácil ela ser criticada pelos presentes!
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