segunda-feira, dezembro 30, 2024
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Análise do debate da Condá FM para a Prefeitura de Chapecó: Parte 2

Confira a coluna do jornalista André de Lazzari

Foto: Jornalista André Lazzari

Faltando quatro dias para as eleições municipais, seguimos com a análise de pelo menos parte dos três últimos debates entre os candidatos a prefeito de Chapecó. Continuamos a análise do debate da Condá FM entre os candidatos João Rodrigues (PSD) e Pedro Uczai (PT). O candidato Dadá Westphal (NOVO) não participou por um problema familiar envolvendo um acidente grave sofrido por um tio dele, que está internado na UTI em um hospital na cidade de Lages.

Revisão do Plano Diretor
João Rodrigues foi questionado pelo Dr. Ricardo Cavalli sobre qual a expectativa de mudanças do Plano Diretor. O candidato à reeleição afirmou que há liberdade total para que o setor produtivo e a população se envolva em qualquer artigo que queira revisar, mas que o interesse do mandato é deixar livres os terrenos para as avenidas principais do município (Getúlio Vargas, Fernando Machado e Nereu Ramos) poderem ser prolongadas até os limites do município.

Quanto ao Goio-Ên, João quer criar um plano de ocupação da área para exploração turística, e criticou os lindeiros que moram na localidade, e que foram à justiça para discutir a situação. A ideia é que seja construído um amplo complexo de lazer e esporte. O candidato também citou que o Plano Diretor beneficiou a instalação do Autódromo Internacional.

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Economia Criativa
Pedro defendeu a proposta de criar a Secretaria da Economia Criativa. Ele cita que a cultura precisa trazer de volta a história dos chapecoenses, e a pasta iria administrar as políticas públicas de cultura e audiovisual, ativando os fomentos municipais que potencializem as Leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc. Novamente, a proposta dos 51 centros de cultura e esporte foi defendida.

Educação
Pedro criticou João sobre as políticas de educação aplicadas no governo, principalmente o alto número de professores ACT, as baixas notas no Ideb e os investimentos em tecnologia. Rodrigues respondeu dizendo que o professor é valorizado, e que o pensamento computacional não é uma ‘parafernália’. Ele novamente credita a queda da nota do Ideb aos imigrantes venezuelanos que entraram na Rede Municipal de Ensino. João acusou Pedro de não devolver os créditos recebidos pela Unochapecó.

Saúde
Pedro mencionou os problemas de diversos postos de saúde por falta de atendimento e demora nas atenções. Ele perguntou a João Rodrigues se era contra ou a favor da construção do Hospital Universitário. João respondeu afirmando que a UFFS não tem condições de dar conta dessa obra, pela péssima situação do curso de Medicina (e que se estende a outras graduações). O candidato à reeleição citou as obras realizadas e em andamento na pasta da saúde.

Pedro citou os problemas do Hospital Regional e defendeu a criação do Hospital Universitário. João diz que Pedro insiste na mentira, e que o Ministério da Saúde negou a habilitação de uma segunda UPA 24h em Chapecó. Ele também citou a renúncia da candidatura de Valdir Carvalho (PT) à reeleição como vereador, porque, conforme João, ele não suportava mais ficar no partido de esquerda.

Quanto à pandemia de Covid-19, João questionou se Pedro era contra o tratamento precoce. Uczai disse que sim, e elogiou o ex-prefeito Luciano Buligon. O candidato do PT afirma que vários pacientes tiveram hepatite em Chapecó por causa do uso de coquetéis de tratamento precoce, e chamou Valmor Scolari (PSD) à responsabilidade, questionando ele, presente no auditório, se a entubação não foi determinante para salvá-lo da doença.

João pediu que Pedro ‘baixasse a bola’ e afirmou que a esposa dele tomou ivermectina para tratar a Covid-19. Uczai replicou dizendo que os bons médicos de Chapecó não concordavam com o tratamento precoce. Em direito de resposta, João afirmou que os médicos locais o apoiaram em todos os procedimentos, inclusive no ambulatório de campanha montado no Centro de Eventos, e afirmou que Uczai usa as mortes pela pandemia de forma política.

Recadinhos
Rafael Nogueira deixou a presidência da Fundação Catarinense de Cultura no último dia 6 de setembro, em comum acordo com o governador Jorginho Mello (PL).

No entanto, informações repassadas à coluna dão conta de que a equipe montada por Rafael também foi exonerada, e de forma não amigável.

Uma deputada do PL catarinense é colocada como omissa por não pedir ao Governo do Estado que, pelo menos, alguns membros da equipe fossem mantidos. Segundo os ex-funcionários, por questões de “fofoca”.

Rafael assumiu a Secretaria Executiva da SCPAR, holding do Governo do Estado que, além de possuir ativos e participações em outras empresas, visa atrair investimentos e parcerias, tanto nacionais quanto internacionais, à Santa Catarina.

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