Estima-se que, em crianças de 5 a 14 anos, a asma seja responsável por mais de 2 milhões de consultas anuais e cerca de 37 mil atendimentos de emergência no Brasil. Ela é a principal causa de incapacidade na infância, impactando significativamente a qualidade de vida das crianças.
O diagnóstico e o tratamento adequados são fundamentais para reduzir as taxas de morbidade e mortalidade, que ainda representam um problema relevante de saúde pública. Os sintomas incluem sibilância (chiado no peito), dispneia (falta de ar), desconforto torácico e tosse, que tendem a piorar à noite ou durante atividades físicas, risadas ou choro intenso.
A asma envolve fatores genéticos, ambientais e outros específicos que influenciam o desenvolvimento e a persistência dos sintomas. O manejo adequado da doença é um desafio médico e deve ser individualizado, pois a asma se apresenta de forma variada em cada paciente.
O tratamento inclui medidas farmacológicas e não farmacológicas, com o objetivo de controlar os sintomas e prevenir novas exacerbações. Além das medicações, o controle ambiental e a correta técnica inalatória são fundamentais. A adesão ao tratamento e o controle de infecções e comorbidades também são essenciais para o manejo eficaz da doença.
Embora a asma seja uma doença inflamatória crônica, a terapia não é estática, necessitando de ajustes frequentes, o que torna indispensável o acompanhamento regular com o médico. Evidências mostram que pode haver perda permanente da função pulmonar nos primeiros cinco anos de vida, e o tratamento precoce com anti-inflamatórios pode trazer grandes benefícios.
Os corticosteroides são os medicamentos com melhor relação custo-benefício para o controle da asma, principalmente em forma inalatória, o que reduz os efeitos colaterais sistêmicos. Contudo, em crianças menores de 3 anos, é necessário cautela para diferenciar a asma de outras causas de sibilância, como infecções virais ou doenças como fibrose cística e refluxo gastroesofágico.
O controle eficaz da asma requer o uso correto dos medicamentos e uma parceria contínua entre a família e o pneumologista infantil. O médico desempenha um papel crucial na orientação para prevenir o aparecimento de sintomas e, com o tratamento adequado, evitar complicações futuras.
Dra. Cindiamar Tomé, Pneumologista Infantil
CINDIAMAR TOMÉ – CRM17858/RQE 18079
-Médica com formação em 2011 pela Unochapecó
-Trabalhou 3 anos na Área de Clínica Médica
-Especialização em Saúde da Família
-Especialização / Residência médica em PEDIATRIA pela UFSM – Santa Maria – conclusão em 2017
-MESTRADO em Ciências da Saúde – pela UFSM – conclusão em 2018
-Especialização / Residência Médica em PNEUMOLOGIA PEDIÁTRICA / INFANTIL pela HCSA – Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre – conclusão em 2019
-Atua como Pneumologista Infantil na Rede Pública no município de Chapecó desde 2019
-Atendimento Particular na Clínica do Pulmão e Alergia em Chapecó