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Qual é a real competitividade de Chapecó?

Confira a coluna do jornalista André de Lazzari

Foto: Jornalista André Lazzari

No final do mês passado, o Centro de Liderança Pública (CLP) lançou os dados do Ranking de Competitividade dos Municípios, estudo que, em 65 indicadores, mostra o desempenho de todos os municípios com mais de 80 mil habitantes nas mais diversas áreas da sociedade. E Chapecó perdeu 22 posições no ranking, comparando as edições 2023 e 2024 da pesquisa. Hoje, somos considerados, entre 404 municípios, o 61º mais competitivo do Brasil.

Principais problemas

Sem dúvida, o principal problema do município é o acesso à educação. Conforme o Ranking, 66,8% da população de zero a cinco anos está matriculada em alguma creche ou escola no município. Para a população do Ensino Fundamental (seis a 14 anos), a taxa de atendimento supera os cem por cento e chega a 102,8%. No Ensino Médio (15 a 17 anos), a taxa de matrícula chega a 83,2%.

O grande ponto fraco deste pilar é a oferta do ensino em tempo integral. Conforme a CLP, apenas 11,2% dos alunos da Educação Infantil, 0,6% dos estudantes no Ensino Fundamental, e 0,5% dos alunos no Ensino Médio estudam em período integral no município. Isso faz com que Chapecó seja considerado um dos 90 piores municípios acima de 80 mil habitantes no Brasil nesse quesito. De zero a 10, o Ranking deu para nossa cidade uma nota 2,4 no acesso à educação.

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Conforme a CLP, o segundo maior problema de Chapecó é o saneamento. A cobertura do abastecimento de água chega a apenas 90% dos chapecoenses, as perdas na distribuição e no faturamento de água chegam a 47,8%, a cobertura da coleta de esgoto é de apenas 36,8%, e a cobertura de tratamento do esgoto não passa dos 46,5%. A cobertura da coleta de resíduos é de 90% da população, e a destinação inadequada do lixo é zero.

De zero a 10, a CLP deu 6,8 para o saneamento de Chapecó. No entanto, a nota deixa o município na 273ª posição entre os 404 municípios pesquisados. Outro ponto fraco da cidade são as telecomunicações. 25,4% dos celulares de Chapecó não possuem acesso à internet 4G, enquanto que a banda larga chega a apenas 34,7% da população. Nas teles, Chapecó tirou uma nota 6,5. Isso faz com que o município fique em 245º lugar no Ranking.

Onde Chapecó é potência?

A maior potência de Chapecó está no funcionamento da máquina pública. O custo da função administrativa é de apenas 6,5% da receita corrente líquida da Prefeitura. Já o custo da Câmara de Vereadores chega a só 1,1% desta receita. A qualidade da informação contábil e fiscal chega a 87% do total de verificações da informação contábil e fiscal dos municípios no Siconfi do Tesouro Nacional.

Conforme a CLP, o tempo médio para abertura de empresas em Chapecó é de 17 horas. Se falamos da qualificação do servidor público, 53,3% dos funcionários municipais possuem ensino superior. E de zero a 10, Chapecó tira 9,5 na avaliação de transparência. A nota geral do pilar da máquina pública chegou a 8,6 no Ranking, colocando a capital do Oeste como o 18º melhor funcionamento do país, entre os municípios com mais de 80 mil habitantes.

Também é muito bem avaliada a inserção econômica de Chapecó. Apenas 20,8% da população está inscrita no CadÚnico. Quanto ao trabalho formal, 49,4% dos chapecoenses acima de 15 anos trabalham com carteira assinada, e o crescimento dos empregos formais entre dezembro de 2022 e dezembro de 2023 chegou a 5,9%, de acordo com a CLP. Neste pilar, a capital do Oeste tira um módico 5,4 de nota, mas suficiente para ser a 29ª melhor inserção econômica do Brasil.

Recadinhos

  • De zero a 10, a nota final de Chapecó no Ranking de Competitividade dos Municípios foi 5,6. A nota de Florianópolis, campeã do Ranking, foi 6,5.
  • Houve três indicadores em que Chapecó obteve nota 10: cobertura da atenção primária em saúde, combate ao desmatamento ilegal e destinação do lixo.
  • A pior nota ficou para a recuperação de áreas degradadas. Apenas 0,05% do território de Chapecó é composto por áreas recuperadas. Nota 0,2 para o município.
  • A segunda pior nota foi para a destinação de recursos para pesquisa e desenvolvimento científico. Em Chapecó, são apenas R$ 8,93 do CNPq por habitante. Nota 0,4 para o município.
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