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Se Edmundo González não ganhar, Venezuela sofrerá quarta fraude eleitoral seguida

Jornalista André de Lazzari comenta cenário da disputa presidencial do próximo dia 28 de julho

Foto: Divulgação

No domingo, 28 de julho, cerca de 21,4 milhões de pessoas vão às urnas para, talvez, quem sabe, se não houver fraude, eleger o presidente da Venezuela para os próximos seis anos. Conforme as pesquisas de opinião, a última vez que o socialismo coincidiu o que os levantamentos falavam com as urnas foi na disputa de 2006, onde Hugo Chávez, sem qualquer indício de adulteração nos resultados, ganhou as eleições com 63% dos votos, de forma legítima aos olhos dos observadores internacionais.

Mas de 2012 para cá, a história vem sendo diferente. Nesta disputa, os candidatos eram Hugo Chávez e Henrique Capriles. Os quatro institutos de pesquisa que fizeram levantamentos nos 10 dias anteriores à eleição davam como ganhador o candidato da oposição, por 53% X 47% na média; mas os resultados oficiais deram a vitória a Chávez por 55% X 44,3%.

Não houve grande contestação da oposição à época, mas para mim, isso é indicativo de fraude. As empresas errarem na média por 16 pontos percentuais? Com Bolsonaro, Ibope (hoje Ipec) e Datafolha erraram no primeiro turno de 2018 por oito pontos percentuais na última pesquisa antes do dia da eleição, uma margem bem menor. Justiça seja feita, com Haddad erraram também, e por seis pontos.

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Chávez morre, as fraudes tomam forma

Com a morte do ex-presidente venezuelano em 2013, são convocadas novas eleições, conforme o que manda a Constituição local. A disputa foi entre Nicolás Maduro e Capriles. Apesar das pesquisas de opinião terem sido bem mais instáveis do que na eleição anterior, e errôneas em todos os institutos, a estreita margem de vitória para Maduro (50,6% X 49,1% de Henrique) fez com que a oposição questionasse os resultados com o apoio dos governos de, por exemplo, Espanha e Estados Unidos, além da Organização dos Estados Americanos (OEA), que suspeitaram de uma fraude. Apesar do caso chegar às cortes internacionais, nada mais aconteceu. E pode acreditar, leitor. Aqui também houve fraude.

Nas últimas eleições, em 2018, a coisa foi escrachada. Maduro tentava a reeleição contra os candidatos Henri Falcón e Javier Bertucci. A média das três pesquisas realizadas por três institutos diferentes no dia da eleição dava 33,2% para Henri, 25,3% para Maduro e 13,8% para Javier. Nos cálculos, estavam incluídos brancos, nulos, abstenções e candidatos menores.

Mas quando chegou o boletim da apuração, Maduro havia sido reeleito com 67,8%; um número que não pode deixar dúvidas de que essa foi a mais grave das três fraudes que abordamos. A Organização das Nações Unidas (ONU), através do Alto Comissionado para os Direitos Humanos, chegou a desaconselhar a realização das eleições, e depois, junto com a OEA e a maioria absoluta dos países do mundo, não reconheceu os resultados.

Edmundo González: a próxima vítima?

As pesquisas referentes às eleições do próximo dia 28 estão protagonizando uma guerra de institutos. A coluna levou em conta, em todo o levantamento feito, empresas que não estão alinhadas nem a Edmundo González, candidato principal da oposição; nem a Maduro. A última pesquisa, publicada na quinta-feira, dia 11, foi da More Consulting, que entrega 55% das intenções de voto para González, contra 31% do atual presidente.

Todas as empresas, inclusive as que manipulam os números a favor de Maduro, dão a liderança para González nas pesquisas. A votação esperada em favor da oposição é inquestionável. Se Maduro terminar em primeiro lugar na apuração, será a quarta fraude seguida em eleições presidenciais na Venezuela. Não pode haver titubeios da diplomacia brasileira, e muito menos da população; principalmente a de Chapecó, que abriga 15 mil venezuelanos hoje por causa das consequências destas fraudes.

Recadinhos

  • Amanhã (17), o tema Venezuela continua, com a análise do venezuelano Alexander Aragol, que mora em Chapecó.
  • Vamos também falar sobre como funciona o voto estrangeiro, e se a comunidade venezuelana no Oeste poderá votar.
  • Não perca o Sala de Debates amanhã na Condá FM! O Dr. Ermínio Darold vai falar sobre separação. Um tema necessário de discutir.
  • Com a experiência que ele tem como juiz da Família, Idoso, Órfãos e Sucessões na comarca de Chapecó, acredito que teremos boas dicas do que fazer para evitar novos divórcios. 8h45 da manhã, em 98.9 FM e no ClicRDC Play.
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