O Sala de Debates desta quarta-feira (10) recebeu parte da diretoria municipal do PDT: Dirceu Fortes, presidente; Alcione Vieira, 2º vice-presidente; e Everson Merino, tesoureiro; além do ex-vice-prefeito de Quilombo, Valmor Cozer. Em primeira mão, Dirceu afirmou que o brizolismo apoiará a reeleição de João Rodrigues à Prefeitura de Chapecó. O partido se unirá à coligação que já é composta por PSD, Podemos, Progressistas, União Brasil e Republicanos.
Pra quem via e ouvia um PDT sonhador em janeiro, agora percebe que os pés dos pedetistas estão bem no chão. Há um sentimento no partido de que, mesmo com uma chapa completa de 22 candidatos a vereador (o partido possui 29 pré-candidatos), é um desafio conseguir ao menos uma vaga na Câmara de Vereadores. Afinal, somando os votos de todos os candidatos e os votos de legenda, a sigla precisaria reunir quase 6 mil votos. E destes, 5 mil terão que ser reunidos durante a campanha eleitoral. Os outros são garantidos pelos filiados ao partido que concordam com o apoio a João Rodrigues, que não é unânime.
A impressão de Valmor, que está no PDT desde a fundação em Chapecó, no ano de 1980, é de que nas duas últimas eleições municipais, o partido deu murro em ponta de faca, pensando mais em querer o protagonismo na majoritária do que em eleger vereadores. De fato, a sigla não elegeu nenhum legislador nos pleitos de 2016 e 2020 na capital do Oeste.
A maioria não gostou
Entre os cerca de 15 ouvintes que enviaram participações ao Sala de Debates, a maioria não aprova o apoio do PDT à reeleição de João Rodrigues. Os argumentos são diversos: presunta perda de identidade do partido, que veio de uma raiz socialista e trabalhista; o alinhamento da sigla com o governo Lula em nível nacional; e o posicionamento do PDT ser típico de partidos pequenos, que são “Maria vai com as outras”, e se aliam aos grupos políticos majoritários para, muitas vezes, apenas continuarem existindo.
Não acredito ser o caso do PDT. A sigla tem 1.150 filiados, e era o 8º partido de Chapecó até pouco tempo atrás, quando a reorganização do PL fez com que o PDT caísse para a 9ª posição por uma diferença de menos de 20 filiações. Entretanto, se o discurso estratégico é coerente, o discurso ideológico definitivamente não é no brizolismo chapecoense. Toda jogada política tem um preço, e a executiva pedetista está disposta a pagar o seu para voltar à Câmara de Vereadores.
João Rodrigues sai ganhando
O apoio do PDT fortalece as pretensões do prefeito de Chapecó para 2026. E tudo começa agora, nas eleições municipais. Somando os filiados dos seis partidos que, no momento, compõem a coligação que apoia a reeleição do alcaide, a chapa arranca com o apoio de quase metade dos eleitores da capital do Oeste que são filiados a algum partido. Isso influencia nos cálculos e projeções eleitorais anteriores às pesquisas de opinião, que são as únicas capazes de abranger todo o eleitorado.
Seja ao Governo do Estado ou ao Senado, a candidatura de João Rodrigues nas próximas eleições gerais sairá mais fortalecida se Rodrigo Minotto, que será o candidato de Clésio Salvaro (PSD) para manutenção na Prefeitura de Criciúma do atual grupo político no poder, ganhar o pleito na capital do Sul catarinense. Conforme a executiva do PDT em Chapecó, o presidente estadual do partido possui boas relações com Rodrigues, que possui excelentes aproximações com Salvaro.
Recadinhos
- Amanhã (11), teríamos a presença de Herneus de Nadal, presidente do Tribunal de Contas do Estado, no Sala de Debates.
- Infelizmente, a mãe do conselheiro está mal de saúde, e portanto, ele não virá ao programa. Desejamos saúde à mãe de Herneus.
- O governador Jorginho Mello está indo muito bem em Portugal. Confirmou a presença de integrantes do primeiro escalão do governo português em SC no mês de setembro.
- Deixo o convite para que o internauta participe da feira Super Casa neste fim de semana. Entrada gratuita, estacionamento a R$ 20. No pavilhão 4 do Parque da Efapi, haverão muitas oportunidades de negócios! Vale a pena!
