Um dia de informação e conscientização sobre o peso dos impostos no dia a dia do cidadão e sobre a importância de uma reforma tributária efetiva com redução de taxas, desburocratização e simplificação. Assim pode ser definido o Dia Livre de Impostos (DLI) que acontece nesta quinta-feira (27). A promoção e organização é da Câmara de Dirigentes Lojistas de Chapecó (CDL) e a CDL Jovem.
Para se ter uma ideia, Chapecó pagou somente neste ano mais de R$ 82 milhões em impostos, segundo dados do Impostômetro do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). O Dia Livre de Impostos surgiu justamente para manifestar a insatisfação com a tributação abusiva que limita o poder de consumo e impede o crescimento econômico.
No Dia Livre de Impostos em Chapecó, produtos selecionados dos lojistas participantes serão comercializados com descontos que representam parcialmente o valor dos impostos incidentes sobre os mesmos. Importante salientar que os comerciantes assumem esses descontos, porém recolhem os valores dos impostos normalmente aos governos, pois o Estado não isenta essa obrigação fiscal.
A presidente da CDL Jovem de Chapecó, Suzana Spohr, ressalta que a edição deste ano é preferencialmente online, mais voltada às compras via e-commerce e delivery. Ela explica que o desconto poderá ser aplicado em todo o comércio da loja participante, porém será mais direcionado e pode ser exclusivo em sites, redes sociais e afins, para evitar aglomerações nos espaços físicos das lojas.
Suzana reforça, ainda, a importância da iniciativa ao comentar que, segundo dados do IBPT, em um ranking de 30 países, o Brasil é o 14º que mais arrecada imposto. Além disso, o brasileiro trabalha em média 151 dias por ano só para pagar impostos. Para se ter uma ideia, segundo o Impostômetro do IBPT, somente neste ano o município de Chapecó pagou mais de 71 milhões em impostos.
Outro dado que chama a atenção é o fato de o Brasil ser um dos últimos países que retorna o dinheiro para a população.
“Queremos conscientizar as pessoas em relação à elevada carga tributária que pagamos. Com a união das entidades e dos lojistas teremos mais força para conseguir melhores resultados com o movimento”.
Confira a média dos custos das cargas tributárias em alguns segmentos:
Academia: 27%
Bebidas alcóolicas/cigarros: 43%
Bebidas sem álcool: 26%
Bijuterias: 34%
Bolsas e malas: 40%
Brinquedos: 34%
Cama, mesa e banho: 28%
Celulares: 40%
Chocolate: 34%
Estacionamento: 16%
Eletrodomésticos: 34%
Eletrônicos: 43%
Higiene pessoal: 46%
Remédios:31%
Restaurantes: 32%
Vestuário: 31%
