
A Prefeitura de Chapecó informou, em vídeo institucional durante coletiva de imprensa na manhã de quarta-feira (22), que o Hospital Regional do Oeste (HRO) possui uma ala exclusiva para o tratamento de coronavírus (Covid-19) – localizada no terceiro andar do prédio antigo. A ala, que está isolada, é chamada de Plano A e contém 42 leitos – dentre eles, 11 de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).
Segundo o diretor geral do HRO, a ala está adequada para o tratamento da doença e possui ocupação de 10% até o momento. Ele afirma, ainda, que as únicas pessoas que têm acesso à ala são os funcionários que atuam no espaço. “É um local isolado. As pessoas, ao entrar ali, elas se paramentam, com toda a proteção, e ao sair elas tomam banho, tiram o paramento e saem do espaço totalmente seguras”, explica.
A Prefeitura informou também que, com o avanço da doença, Chapecó pode aumentar o número de leitos de UTI para 71, de forma gradativa. Três andares do prédio novo do HRO podem ser transformados em alas isoladas para Covid-19, para atender pacientes de Chapecó e de municípios da região que não têm UTI.
As ações realizadas no Hospital, segundo Osmar, começaram a ser realizadas em fevereiro, quando a nova ala do HRO foi entregue. “Em reunião dentro do Hospital, nos foi apresentado um estudo de que nós teríamos problemas com as doenças respiratórias – como tem todos os anos. Isso foi apresentado à Diretoria do Hospital e nós fizemos um planejamento interno, em fevereiro”. O plano, que contém quatro etapas de ação, foi utilizada no combate ao coronavírus.
O Governo do Estado, através da Secretaria da Saúde, comunicou que hospitais de referência – como o HRO – devem reservar metade dos leitos de UTI para pacientes de outros municípios. Chapecó, segundo a prefeitura, cumprirá a demanda conforme a necessidade. Ainda conforme a Prefeitura, o município não tem a demanda para um Hospital de Campanha, já que espaço físico não é problema no momento.
Desafios no combate à Covid-19
A prefeitura informou, ainda, que o problema está na compra e recebimento de equipamentos de proteção individual, testes, monitores, respiradores e bombas de infusão. Além disso, o quadro da equipe deve ser aumentado, com médicos, enfermeiros e profissionais de apoio.
Além disso, conforme Osmar, o maior desafio é fazer a gestão do medo na população, já que a sociedade está insegura com o novo vírus. O HRO conta com a solidariedade da comunidade chapecoense para conseguir alguns itens que estão em escassez no Estado – como o álcool em gel, por exemplo.
Até o momento, Chapecó recebeu do Governo Estadual recebeu mais de R$8 milhões no combate ao Covid-19. O recurso, segundo a Prefeitura, é utilizado em compra de medicamentos, equipamentos de proteção individual, custos de diárias hospitalares, contratação de pessoal, infraestrutura operacional e ambulatório de campanha.