Em um evento climático sem precedentes, o Litoral de Santa Catarina enfrentou ontem as piores chuvas registradas na história recente. Cidades como Itajaí, Navegantes, Balneário Camboriú e Ilhota sofreram intensamente com as precipitações extremas, levando a uma série de desafios emergenciais.
Itajaí foi atingida com um registro alarmante de 113,2 milímetros de chuva nas últimas 24 horas. Navegantes e Balneário Camboriú não ficaram muito atrás, registrando 80,4 e 62,3 milímetros, respectivamente. Esses números são preocupantes, dada a capacidade limitada das cidades para lidar com tal volume de água em um curto período.
As chuvas trouxeram consigo uma série de preocupações relacionadas a inundações e deslizamentos de terra. Em Florianópolis, a situação foi ainda mais dramática. A capital registrou 177 milímetros de chuva em apenas 24 horas, superando a média histórica esperada para todo o mês de novembro, que é de 129 milímetros.
Navegantes, que registrou um total de 80,4 milímetros de chuva até às 5h30 da manhã, declarou estado de emergência. Em Brusque, no centro da região afetada, o acumulado de chuvas atingiu 75 mm nas últimas 24 horas, contribuindo para a gravidade da situação.
Rio do Sul enfrentou sua sétima grande enchente do ano, com o nível do rio Itajaí-Açu atingindo marcas preocupantes de 6,5 metros, indicando uma cheia iminente. Esta situação colocou as autoridades em alerta máximo, ativando planos de emergência e evacuação.
O impacto humano e econômico deste desastre natural é profundo. Estima-se que pelo menos 6,5 mil imóveis foram afetados, desalojando cerca de 18,8 mil pessoas. Um levantamento anterior já indicava prejuízos da ordem de R$ 157 milhões devido às chuvas incessantes.
Para enfrentar essa crise, a Defesa Civil e as prefeituras locais mobilizaram recursos significativos. Foram abertos 12 abrigos emergenciais, acolhendo 628 pessoas desabrigadas. Além disso, um alerta foi emitido para que moradores de áreas com risco de enchente desocupassem suas casas o mais rápido possível.
