quarta-feira, agosto 27, 2025
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Mais de 25% das mortes por chuvas no Brasil nos últimos 10 anos ocorreram em 2022

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Nos últimos 10 anos, as mortes causadas por excesso de chuvas e suas consequências no Brasil somaram 1.756 óbitos. Apenas em 2022, os óbitos por essa causa já são 457, o que representa mais de 25% do total de mortes em 10 anos. Isso é o que mostra um levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM), que considerou o período de 1º de janeiro de 2013 a 31 de maio de 2022.

Antes de 2022, o ano mais letal por chuvas no país era 2019, com 297 mortes registradas. Em 2021, foram notificados 290 óbitos, e em 2020, houveram 216 mortes. Apenas os óbitos dos cinco primeiros meses de 2022 chegam a quase empatar com a soma total de óbitos em 2020 e 2021. Os dados foram coletados no Sistema Integrado de Informações Sobre Desastres do Ministério do Desenvolvimento Regional (S2ID/MDR).

Intensificados nos últimos anos, os desastres por chuvas são registrados todos os anos no Brasil sem que haja de fato uma estratégia em busca de uma solução definitiva. Para o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, a falta de recursos para prevenção no orçamento de desastres do país é um dos principais motivos para a recorrência dos problemas. “Com a redução cada vez maior de verba para prevenção, ano após ano, em todo governo, o resultado é que, na prática, só se atua na resposta, com grande peso para as prefeituras”. 

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A entidade municipalista destaca que os Municípios não têm capacidade técnica e financeira para atuarem sozinhos. A Lei 12.608/2012, do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sinpdec), prevê também responsabilidades da União e dos Estados para redução dos riscos de desastres.

Um estudo da CNM sobre desastres naturais, publicado em abril, mostrou que de 2010 a 2021 foram autorizados no orçamento federal R$ 36,5 bilhões para ações de gestão de risco, prevenção, respostas a desastres e recuperação de áreas destruídas e ou danificadas.

No entanto, nesse período, a União pagou somente R$ 15,3 bilhões, ou seja, menos da metade. O valor para prevenção, porém, é mínimo. Para exemplificar, em 2020, apenas R$ 211 mil foram destinados pela União para ações neste sentido.

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