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Defesa Civil explica fenômeno que causou estragos no Oeste de Santa Catarina

Confira a nota enviada pelo órgão estadual:

Defesa Civil explica fenômeno que causou estragos no Oeste de Santa Catarina
Foto: Divulgação/Defesa Civil

A Defesa Civil de Santa Catarina divulgou na tarde desta quinta-feira (13), uma nota meteorológica sobre o fenômeno que atingiu o Oeste de Santa Catarina na última quarta-feira (12) e causou estragos na região. Conforme o órgão estadual, o avanço de uma linha de instabilidade associada a formação de um ciclone extratropical na costa do sul do Brasil provocou fortes vendavais no Grande Oeste catarinense, com ventos que chegaram aos 100 km/h.

Confira a nota da Defesa Civil

Nota Meteorológica DCSC 13/07 – Linha de instabilidade associada a formação de ciclone extratropical atingiu o Grande Oeste nesta quarta-feira (12)

O processo de formação de um ciclone extratropical entre a costa do RS e o Litoral Sul de Santa Catarina provocou a formação de uma frente fria no final da manhã da quarta-feira (12). As tempestades associadas a esta frente fria foram potencializadas pela grande disponibilidade de calor e umidade vindos da região amazônica, que se organizaram em forma de linha, dando origem a um linha de instabilidade.

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Próximo às 16h, a linha de instabilidade chegou pelo Extremo Oeste provocando tempestades acompanhadas vendavais, e causando destelhamentos, quedas de árvores e postes em diversas cidades do Grande Oeste, conforme as tempestades avançaram pela região (Figura 1).

Figura 1: Fotos de relatos de ocorrências nas cidades de Itapiranga, Jaborá, Chapecó e Vargeão. Fonte: Coordenadores Regionais de DC.

Na imagem do satélite Goes-16 é possível observar o desenvolvimento dos sistemas (frente fria e ciclone) bem como os núcleos de instabilidade alinhados que organizaram a Linha de Instabilidade que avançou pelo estado tons de laranja e vermelho, que indicam a presença de nuvens bastante desenvolvidas com topos altos e por isso frios, ou seja, a presença de nuvens de tempestade.

Figura 2: Fotos de relatos de ocorrências nas cidades de Itapiranga, Jaborá, Chapecó e Vargeão. Fonte: Coordenadores Regionais de DC.

A mesma configuração é percebida na imagem de refletividade (dBz) do radar de Chapecó.  Na sequência das imagens (Figura 2 (a), (b) e (c)) mostra a significativa área que foi atingida pela linha de instabilidade, que resultou em tempestades com chuva intensa e rajadas de vento acima de 80 km/h em diversos municípios. Destaque para o município de Bom Retiro, que registrou rajadas de 112 km/h segundo rede de estações da Defesa Civil de Santa Catarina. Joaçaba também registrou rajada de 100 km/h segundo estação automática da EPAGRI/CIRAM.

De acordo com a configuração e impactos causados pelo avanço do sistema, este evento pode ser classificado, segundo COBRADE, como Tempestade local/convectiva 1.3.2.1.5.

Figura 3: Sequência de imagens do radar meteorológico do oeste, produto CAPPI (dbZ), às (a) 16h, (b) 18h, (c) 19h e (d) . Fonte: DCSC.

O ciclone extratropical se formou na noite de quarta-feira (12), provocando fortes rajadas de vento entre a madrugada e a tarde desta quinta-feira (13) (Figura 4), provocando diversas ocorrências em áreas próximas ao litoral associadas a destelhamentos, quedas de árvores e postes. Segundo estações da EPAGRI/CIRAM, às 7h foram registradas rajadas de 157 km/h, 148 km/h e 100 km/h em Siderópolis, Bom Jardim da Serra e Itapoá, respectivamente.

Figura 3: Imagem do satélite GOES-16, canal visível, às 11h. Fonte: RAMMB.
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