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Chuva leva governo gaúcho a suspender aulas da rede pública estadual; Presidente Lula chega ao Rio Grande do Sul para articular ações emergências

Suspensão segue orientações da Defesa Civil

Foto: Lauro Alves / SECOM

As consequências das chuvas que atingem o Rio Grade do Sul desde a última sexta-feira (26) levaram o governo gaúcho a suspender as aulas em toda a rede pública estadual, nesta quinta (2) e sexta-feira (3).

Segundo a Secretaria de Educação do estado, até o fim da tarde dessa quarta-feira (1º), 315 escolas, em 133 cidades, já tinham sido de alguma forma afetadas pelas chuvas intensas. Destas, 94 unidades comunicaram à secretaria que sofreram dano material e/ou estrutural.

A suspensão das aulas na rede pública estadual segue orientações da Defesa Civil e visa a garantir a segurança de alunos, professores e demais profissionais da Educação, além de reduzir o trânsito de pessoas em um momento de calamidade pública de grande intensidade, caracterizado por danos vultosos.

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As autoridades públicas têm recomendado à população que, na medida do possível, permaneçam em casa, evitando se expor a situações de perigo. Ao mesmo tempo, pedem que as pessoas estejam atentas e deixem áreas de risco de deslizamentos, desmoronamentos, alagamentos, enxurradas e outras situações de risco.

PORTO ALEGRE, RS, BRASIL, 01.05.2024 - Governador Eduardo Leite vai à Defesa Civil do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, para acompanhar a situação das chuvas no Estado.
Foto: Mauricio Tonetto / Secom

Governador Eduardo Leite vai à Defesa Civil do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, para acompanhar a situação das chuvas no estado. Foto: Mauricio Tonetto / Secom

“Estamos tendo muita dificuldade de atuação nos resgates. Por isso, precisamos que a população se coloque o máximo possível em condições de segurança. As pessoas às vezes acham que a água não vai chegar nas suas casas, mas estamos alertando que [principalmente] onde ela já chegou no passado, deve voltar a chegar desta vez”, alertou o governador Eduardo Leite, durante entrevista à imprensa, nesta quarta-feira.

Leite usou palavras como “guerra” e “cenário de caos” para expressar o que classificou como “um momento muito, mas muito crítico”. O governador ainda afirmou que a situação deve piorar nos próximos dias, já que a previsão é de que continue chovendo intensamente em boa parte do estado ao menos até o próximo domingo (5).

“Infelizmente, este será o maior desastre que nosso estado já enfrentou. Será maior do que o que assistimos no ano passado”, declarou o governador, referindo-se à tragédia registrada em 2023, quando as fortes chuvas e as consequentes inundações causaram mais de 50 mortes e grandes danos materiais.

Segundo o mais recente balanço da Defesa Civil estadual, divulgado ao meio-dia de hoje, ao menos 13 pessoas já morreram e 12 ficaram feridas, em todo o estado, devido às consequências das chuvas intensas. As mortes já confirmadas ocorreram nos seguintes municípios: Encantado (1); Itaara (1); Pântano Grande (1); Paverama (2); Salvador do Sul (2); Santa Cruz do Sul (1); Santa Maria (2); São João do Polêsine (1); Segredo (1) e Silveira Martins (1).

Mais cedo, a Defesa Civil chegou a contabilizar três óbitos em Santa Maria, mas corrigiu a informação ao longo da manhã, informando que uma destas mortes, na verdade, foi registrada em Silveira Martins.

Há 21 pessoas desaparecidas e mais de 67.860 mil pessoas já foram de alguma forma afetadas por eventos associados às condições climáticas, como alagamentos, inundações, enxurradas e vendavais. O número de desalojados, ou seja, de pessoas forçadas a deixar suas casas e buscar abrigo na casa de parentes, amigos ou em hospedagens pagas, já chega a 9.993, enquanto os que tiveram que buscar abrigos públicos ou de entidades assistenciais totalizam 4.599.

Governador se reúne com o presidente Lula para articular ações emergenciais no Estado

No encontro, Leite apresentou um panorama dos efeitos do evento meteorológico e das ações de resgate em andamento – Foto: Maurício Tonetto/Secom

O governador Eduardo Leite reuniu-se na manhã desta quinta-feira (2/5) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e uma equipe de ministros na Base Aérea de Santa Maria, na Região Central do Estado. Leite apresentou um panorama dos efeitos do evento meteorológico de proporções históricas que atingiu o Rio Grande do Sul e das ações de salvamento que estão em curso.

No encontro, como uma medida emergencial, ficou decidida a criação de uma Sala de Situação integrada, sob coordenação do comandante militar do Sul, general Hertz Pires do Nascimento, para organizar as operações de resgate em todas as regiões atingidas.

“Precisamos de todos os recursos técnicos e humanos para salvar vidas neste momento. Estamos testemunhando um desastre histórico, infelizmente. Os prejuízos materiais são gigantescos, mas nosso foco neste momento são os resgates. Ainda há pessoas aguardando o socorro”, disse Leite, que destacou as dificuldades meteorológicas ainda existentes, que retardam as operações.

Acompanhado pelo secretário de Desenvolvimento Social, Beto Fantinel, o governador também indicou a necessidade de suporte para as operações de atendimento assim que as condições permitirem. “Vamos precisar de apoio logístico para chegar às comunidades com abastecimento e auxílio com comida e remédios”, explicou Leite. “Os apelos que faço têm a ver com a angústia que sinto diante da situação do Estado.”

Também estiveram presentes os ministros da Casa Civil, Rui Costa, dos Transportes, Renan Filho, do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, das Cidades, Jader Filho, e da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta.

Fonte: Agência Brasil

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