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Chuva e deslizamentos deixam mortos e desaparecidos; Um bombeiro morreu durante os resgates

Por Agência Brasil

Foto: Reprodução TV Globo

Pelo menos onze pessoas morreram devido às fortes chuvas que atingem a região metropolitana da Baixada Santista, litoral sul de São Paulo, desde a noite de segunda-feira (2). Segundo a Defesa Civil do Estado, as mortes foram em Santos (1), São Vicente (2) e no Guarujá (8). Entre as vítimas está um bombeiro que auxiliava no resgate de vítimas em um deslizamento, quando um novo desmoronamento o atingiu. Outro bombeiro está desaparecido. Aproximadamente 40 pessoas estão desaparecidas.

Segundo o Núcleo de Gerenciamento de Emergência da Defesa Civil do Estado, o acumulado de chuvas nas últimas 12 horas no Guarujá foi de 282 milímetros (mm); em Santos, de 218 mm; em Praia Grande, 170 mm; em São Vicente, 169 mm; em Mongaguá, 160 mm; em Cubatão, 132 mm; e em Itanhaém e Bertioga o acumulado foi de 110 mm.

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Guarujá

A Prefeitura Municipal de Guarujá decretou estado de emergência e ponto facultativo em razão das chuvas. As aulas na rede municipal também foram suspensas. Foram registradas, infelizmente, oito vítimas fatais, 32 pessoas desaparecidas e cerca de 200 desabrigadas. Na manhã de hoje, o prefeito Válter Suman sobrevoou a cidade com o secretário chefe da Casa Militar e coordenador da Defesa Civil do Estado, coronel Walter Niakas Júnior. Dentre as mortes está a de um bombeiro que trabalhava no resgate de soterrados.

Foram registrados sete deslizamentos, com as situações mais críticas nos morros da Bela Vista (Macaco) e Barreira. Os desabrigados são assistidos nas unidades escolares. O Fundo Social de Solidariedade recebe doações de roupas, sapatos, cobertores e produtos de higiene pessoal. O FSS fica na Rua Cavalheiro Nami Jafet, 54

Santos

De acordo com informações da prefeitura de Santos, uma mulher de 30 anos morreu no Morro do Tetéu. O Samu fez outros seis atendimentos, com três pacientes sendo levados para a Santa Casa, hospital de referência regional em ortopedia e traumatologia. Uma menina de 7 anos, do Morro São Bento, está internada na UTI pediátrica do hospital. Já a sua mãe, de 39 anos, teve alta após avaliação da equipe multiprofissional. O terceiro internado é um homem de 43 anos, morador da Caneleira, também com múltiplos ferimentos.

Para a Unidade de Pronta Atendimento (UPA) Central foi levada uma mulher de 48 anos, moradora do Morro do Saboó, vítima de soterramento. Ela passou por avaliação médica, exames de raios-X e não foram encontradas fraturas. Com escoriações leves, ela teve alta no início da manhã. Outras duas mulheres, uma de 52 anos e outra de 73, moradoras do Morro São Bento, também foram levadas para avaliação na UPA após ficarem desabrigadas. Elas não têm ferimentos.

Os trabalhos começaram na tarde de segunda-feira, quando foram registradas ocorrências de deslizamentos nos morros Santa Maria, São Bento, Vila Progresso e Monte Serrat, além do rolamento de um bloco de rocha no Monte Serrat. Também houve a queda de uma árvore de grande porte no bairro Piratininga.

“Estamos priorizando os atendimentos às vítimas, principalmente nos morros, que foram mais impactados com obstrução de vias e escorregamentos”, disse o prefeito, Paulo Alexandre Barbosa.

Por conta das dificuldades de acesso, a prefeitura suspendeu as aulas em 12 escolas municipais localizadas nos morros, na Zona Noroeste e na área continetal.

São Vicente

A Prefeitura de São Vicente informou, por meio de nota, que houve deslizamentos nos morros do Itararé, Barbosas, Ilha Porchat e Parque Prainha, onde há três pessoas desaparecidas. O desabamento ocorreu por volta da meia-noite. As equipes do Corpo de Bombeiros trabalham nas buscas. O prefeito Pedro Gouvêa decretou estado de calamidade pública no município.

Na Vila Valença, o chão do banheiro de uma clínica de repouso cedeu e um idoso está desaparecido. O local foi interditado. As famílias de sete idosos foram notificadas. Eles foram acolhidos pela equipe da Secretaria de Assistência Social (Seas) e encaminhados para abrigo municipal.

Na Avenida Saturnino de Brito, no Parque Prainha, sete moradias foram interditadas pela Defesa Civil. Onze pessoas foram atendidas pela Assistência Social – três adultos e oito crianças. Uma família, mãe e cinco filhos, foi encaminhada ao abrigo municipal.

“A Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas (Sedup), atua em toda a cidade na remoção de resíduos provenientes dos escorregamentos e alagamentos. A equipe, composta por representantes da Defesa Civil e de secretarias de governo trabalham desde a madrugada no atendimento às ocorrências. No momento, a cidade registra pontos de alagamentos nas regiões do Jóquei Clube e Cidade Náutica”, informou a prefeitura.

A cidade registrou o mês de fevereiro mais chuvoso dos últimos 67 anos. O índice pluviométrico alcançou a marca histórica de 915,2 mm.

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