
Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters
*Informações G1 e GaúchaZH
Nesta quinta-feira (2), o Tribunal Supremo da Venezuela mandou prender Leopoldo López, um dos principais opositores do regime de Nicolás Maduro. A corte é controlada por juízes leais ao governo chavista.
Pelas redes sociais, o Tribunal Supremo publicou que López violou as condições da detenção em casa. A sentença do oposicionista é de 14 anos de prisão, dos quais ele cumpriu cinco.
López, que está hospedado na residência do embaixador da Espanha em Caracas, afirmou a jornalistas que sofreu tortura enquanto esteve encarcerado em prisão comum. “Não quero voltar ao cárcere, é um inferno”, admitiu.
“Mas quero deixar claro que não tenho medo do cárcere, não tenho medo de Maduro, não tenho medo da ditadura”, acrescentou López.
López também afirmou a jornalistas que se encontrou com comandantes e generais enquanto esteve em prisão domiciliar. O político afirmou que outros levantes militares devem ocorrer, mas evitou dar os nomes das lideranças das Forças Armadas que se encontraram com ele.
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O oposicionista foi detido em 18 de fevereiro de 2014, e, em setembro de 2015, foi condenado a quase 14 anos de prisão, acusado de incitar a violência durante protestos para exigir a renúncia de Maduro. Estas manifestações deixaram 43 mortos entre fevereiro e maio de 2014.
Espanha anuncia que “em nenhum caso” entregará Leopoldo López a autoridades venezuelanas
O governo espanhol anunciou na noite desta quinta-feira que não entregará para as autoridades venezuelanas o opositor Leopoldo López, refugiado na residência do embaixador espanhol, em Caracas.
Em comunicado, o governo da Espanha afirma que “nenhum caso contempla a entrega de Leopoldo López às autoridades venezuelanas, nem sua saída da Residência do Embaixador”. O Executivo diz ainda que deseja “encontrar uma solução o mais rápido possível”.