A Polícia Civil concedeu uma entrevista coletiva nesta quinta-feira (07), sobre o caso da morte da pequena Isabelle de Freitas, de apenas três anos, em Indaial, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina. Conforme o delegado Filipe Martins, responsável pela investigação, inicialmente a mãe e o padrasto da menina criaram uma narrativa onde ela teria desaparecido. Após serem confrontados, os dois confessaram que mataram a criança.
Inicialmente, os pais da criança criaram uma narrativa de que a menina teria sido sequestrada, porém, com o avançar das investigações, ficou comprovado que as alegações do casal foram combinadas entre eles e não se sustentavam. O carro citado como suspeito foi identificado pela equipe de investigação e ficou comprovado que se tratava apenas de mais um artifício criado pelo casal para tentar despistar a polícia e criar um cenário de possível sequestro da infante.
Ao longo da quarta-feira (06), o delegado Filipe Martins ouviu mais de 10 pessoas e, com o avançar das investigações, foi possível desconstruir a narrativa combinada dos pais (mãe e padrasto) que, por fim, acabaram por confessar o crime. Segundo apurado, após agredirem a criança e perceberem que a menina estava sem vida, ambos concordaram em se livrar do corpo e decidiram colocar a vítima numa mala e enterrar o corpo nas proximidades da BR-470.
“Inicialmente foi mantida uma narrativa bem próxima daquela inicial que eles contaram para a imprensa de que a mãe da criança estaria lavando roupas, a criança na sala e que a criança, em determinado momento, teria desaparecido surpreendentemente dentro da casa. Quando a gente fica horas ouvindo, interrogando, a gente consegue verificar e desconstruir toda essa narrativa. Quando eles percebem, quando a gente mostra para eles que a polícia tem todos os elementos que comprovam que as informações que eles estão passando não são verdadeiras, eles resolvem confessar o crime. No primeiro momento, o padrasto da criança foi quem confessou primeiro e aí ele narra para a polícia que fez isso porque ele queria corrigir a criança. Ele narra que os dois agrediram a criança e que, em determinado momento, a criança teria ficado sozinha com a genitora, com a mãe, no quarto. Ele teria continuado a brigar com a criança, agredir a criança, e ele depois volta para o quarto e constata que a criança estava sem vida. A partir daquele momento, eles se vêem em desespero, a criança morreu, e eles precisam tomar uma decisão, o que fazer? E aí eles tomam a decisão de se livrar do corpo. Aí os dois, em comum acordo, pensando nas consequências criminais que poderiam advir para os dois, eles decidem pegar a criança, colocar numa mala de viagem, e a pé levar essa criança para uma região de mata, cavar uma cova ali. Segundo a narrativa deles, eles cavaram uma cova ali, o padrasto cavou a cova com as mãos, e enterrou a criança”, informou o Delegado Filipe Martins, responsável pela investigação.