A Divisão de Roubos e Antissequestro – DRAS/DEIC, juntamente com a Delegacia de Polícia de Barra Velha, resgataram nesta sexta-feira (25), um idoso de 92 anos de idade, que tinha sido sequestrado na noite da última quarta-feira (23), em Barra Velha (SC).
A vítima foi sequestrada juntamente com o seu “cuidador”, 44 anos, natural de Itajaí, sendo levados para uma casa abandonada em Monte Alegre, Camboriú, usada como cativeiro.
Os sequestradores passaram a manter contatos com vários familiares da vítima, até no exterior, exigindo o pagamento de R$ 50.000,00 e fazendo ameaças de que eles seriam mortos caso não atendessem.
Os suspeitos fizeram um vídeo mostrando os reféns em condições precárias, enquanto estariam no cárcere, e enviaram áudios por aplicativo de conversa.
As investigações da Polícia Civil suspeitaram desde o início da participação do próprio “cuidador” no crime, mas pela extrema situação de risco de vida das vítimas, a prioridade era garantir a segurança delas.
Uma casa abandonada em área rural de Camboriú foi usada inicialmente como cativeiro pelos sequestradores, porém na quinta-feira (24) a vítima foi levada para uma casa em Itajaí.
O trabalho investigativo identificou esse novo local, no Bairro Fazenda, que tinha relação com o próprio “cuidador” que seria vítima.
Na sexta-feira (25), pouco antes do meio-dia, a equipe da DRAS identificou a presença dos criminosos em um veículo na Av. Sete de Setembro e resgatou a vitima de 92 anos, do cativeiro.
Na ação da Polícia, além do “cuidador”, foram presos mais três comparsas dele. Um deles de origem paraguaia.
Os três confessaram em detalhes o crime cometido e apontaram o cuidador como mentor intelectual de todo o plano e responsável por “contratá-los”, simulando que estaria sequestrado junto.
Presos e autuados em flagrante junto à Central de Plantão Policial de Itajaí, os quatro serão incriminados por extorsão mediante sequestro, qualificada pela idade da vítima, e por associação criminosa, e foram levados para o Complexo Prisional da Canhanduba.
Segundo a polícia, não houve qualquer pagamento aos criminosos e com o resgate da vítima mantida refém ainda no cativeiro, preserva o resultado de 100% de esclarecimento desse tipo de crime em Santa Catarina, desde o início da década de 80.