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No dia 13 de fevereiro foi registrado o desaparecimento de um empresário em São Cristóvão do Sul, o qual tinha sido visto pela última vez por familiares no dia anterior.
No dia 15, a caminhonete Gm/S10 do empresário foi encontrada inteiramente queimada no município de São Cristóvão do Sul. Em seu interior, um corpo totalmente carbonizado. As informações iniciais apontavam como sendo o próprio proprietário da caminhonete.
Já no início das investigações, surgiram informações de que o empresário estaria sendo demandado por ex-funcionários da Justiça do Trabalho e teria aplicado golpes em clientes de sua empresa, o que levaria ao caminho mais fácil de se imaginar, homicídio por vingança ou acerto de contas.
Todavia, as investigações apontaram para outro norte, o empresário foi visto inúmeras vezes nos dias seguintes ao seu “desaparecimento” circulando pela região, acompanhado de um homem até então não identificado, tranquilamente, inclusive usando o próprio veículo, a caminhonete GM/S10. Testemunhas afirmaram ter vendido gasolina e álcool ao mesmo nos dias anteriores ao encontro do corpo carbonizado.
Ao perceber que o corpo só seria liberado após reconhecimento através de exame de DNA, supostos seqüestradores fizeram contato com familiares do empresário e com portais de notícias locais remetendo vídeos de uma suposta tortura praticada contra ele, culminando com a amputação de um pedaço de um dedo seu. Na mesma noite da divulgação dos vídeos, uma garrafa pet foi arremessada contra a residência da namorada do empresário contendo o pedaço do dedo e dois dentes. Nesse momento, as suspeitas de que o corpo não seria dele se confirmaram e os agentes da DIC passaram a buscar por desaparecidos na região.