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PF deflagra operação contra grupo que atuava no Oeste de SC desde o fim dos anos de 1990

Conforme a PF, a operação foi de repressão aos crimes de descaminho e lavagem de dinheiro

Foto: Divulgação/Polícia Federal

A Polícia Federal, com o apoio da Receita Federal, deflagrou nesta quinta-feira (23), uma operação com o objetivo de desarticular um grupo que atuava no descaminho de produtos eletrônicos trazidos do Paraguai, com empresas nos estados de Santa Catarina e Paraná.

Conforme a PF, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal de Chapecó (SC), em residências de seis pessoas no município de Medianeira (PR). Os suspeitos são investigados por atuarem na importação clandestina e comércio de produtos eletrônicos, sonegação tributária, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

A PF informou que a investigação iniciou no ano de 2019, quando mercadorias foram apreendidas em uma tentativa de remessa por meio de uma agência dos Correios na cidade de Campo Erê, no Oeste de Santa Catarina. Na época, os agentes verificaram que as mercadorias eram acompanhadas de uma mera declaração de conteúdo ou de notas fiscais irregulares – expedidas em nome de empresas já baixadas ou inativas. Segundo a PF, a maioria das vendas se davam por meio de plataformas on-line e em nome de ‘laranjas’.

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Com o aprofundamento das investigações, a PF verificou que o grupo começou a atuar ainda no final dos anos 1990. A estratégia usada para driblar a fiscalização aduaneira e tributária foi a de criar dezenas de empresas de fachada, em diferentes municípios, que atuavam por algum tempo e depois tinham suas atividades encerradas.

Dados recebidos de sistemas de inteligência financeira indicam que, somente entre os anos de 2017 e 2020, o grupo empresarial movimentou mais de R$ 17 milhões, onde realizou diversas operações típicas de lavagem de dinheiro. Os prejuízos causados ao erário serão futuramente calculados pelos órgãos responsáveis. Durante as buscas desta quinta-feira, foram encontrados ainda animais silvestres em cativeiro sem a devida documentação, os quais foram apreendidos e removidos pela Polícia Ambiental.

Com a medida de busca e apreensão, a PF pretende obter novos elementos de informação acerca das práticas criminosas, bem como de eventuais coautores e partícipes ainda não identificados. Os investigados poderão responder pelos crimes de descaminho, associação criminosa, lavagem de capitais, sonegação fiscal e crime ambiental. As penas dos suspeitos podem chegar a 22 anos de prisão.

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