quarta-feira, maio 14, 2025
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Nova fase da PF mira esquema de R$ 6,3 bilhões em fraudes no INSS

Mandados de busca foram cumpridos em São Paulo contra operador ligado a entidade suspeita de aplicar descontos indevidos em benefícios previdenciários

Foto: Policia Federal

Polícia Federal avança em investigação sobre descontos irregulares

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (14) uma nova fase da Operação Sem Desconto, que investiga um bilionário esquema de fraudes em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Os agentes cumpriram dois mandados de busca e apreensão em Presidente Prudente (SP), com foco em um operador financeiro suspeito de movimentar recursos ilícitos e adquirir veículos de luxo com dinheiro proveniente dos crimes.

Fraude estruturada em acordos com o INSS

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A investigação revelou que diversas entidades firmaram acordos de cooperação técnica com o INSS e passaram a realizar descontos nos benefícios de aposentados e pensionistas sem a devida autorização. Os valores, supostamente destinados a serviços associativos, eram repassados diretamente a essas organizações — muitas das quais sequer prestavam os serviços prometidos.

Entre 2019 e 2024, o esquema pode ter desviado aproximadamente R\$ 6,3 bilhões, segundo estimativas da Controladoria-Geral da União (CGU). A operação levou ao afastamento do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e de outros cinco servidores públicos. Também resultou na saída do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, substituído por Wolney Queiroz.

Milhões de brasileiros lesados

O impacto da fraude é devastador: cerca de 9 milhões de beneficiários do INSS podem ter sido afetados pelos descontos indevidos. A suspeita é de que pelo menos 11 entidades estejam formalmente envolvidas, com indícios contra mais de 20 organizações.

Medidas do governo para conter os danos

Diante da gravidade do caso, o governo federal anunciou a suspensão imediata de todos os descontos associativos nos benefícios previdenciários. Além disso, os acordos de cooperação técnica estão sendo revistos, e novas diretrizes foram estabelecidas para assegurar que qualquer desconto futuro ocorra apenas mediante autorização expressa do beneficiário.

Um plano para o ressarcimento dos valores descontados indevidamente também está em elaboração, com apoio da CGU e do Ministério da Previdência.


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