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Menino de oito anos limpa bairro após se incomodar com lixo: ‘Orgulho’

Informações G1

Mikael ao lado de saco de lixo; limpeza aconteceu após incômodo com sujeira em São Vicente, SP — Foto: Mical Rodrigues/Arquivo Pessoal

Pequenas atitudes transformam o mundo. É isso que mostrou um menino de apenas oito anos em São Vicente, no litoral de São Paulo. Incomodado com a quantidade de lixo ao redor de um ponto de ônibus, ele decidiu arregaçar as mangas e, ao lado da mãe, fazer uma limpeza no local. A ‘força-tarefa’ de Mikael de Souza Pereira ocorreu às margens da Avenida Quarentenário, na Área Continental da cidade. Segundo sua mãe, Mical Rodrigues, de 32 anos, a constante reclamação do filho sobre a sujeira do local onde sempre pega ônibus foi o ponto de partida.

“Explicava que a gente guarda nosso lixo para jogar fora depois, mas que as pessoas não têm o mesmo costume. E sugeri que, se ele quisesse, poderíamos vir e limpar”, contou. O convite foi aceito de pronto, e no mesmo dia, mãe e filho arregaçaram as mangas e limparam o local.

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Ela registrou o trabalho com fotos e vídeos. Segundo ela, um saco de lixo, que ambos achavam que seria suficiente, não deu conta de recolher o que havia espalhado. “É muita sujeira. Infelizmente aqui não vemos coleta de recicláveis, somente a coleta de lixo comum. Não conseguimos dar conta”, disse Mical.

O garoto colocou a mão na massa: com luvas, recolheu plástico, papeis, embalagens, e até mesmo garrafas de vidro, que foram armazenadas em outro saco. Tudo isso em meio ao movimento de pessoas que aguardavam os ônibus no ponto de parada, que foi remanejado para ali há pouco tempo.

“Levamos o saco em uma lixeira um pouco mais distante, com medo de deixar no chão e algum bicho rasgar e espalhar”, disse. Após o trabalho, também em vídeo, Mikael deu um recado de gente grande para a vizinhança.


Mikael colocou a mão na massa e, com a ajuda da mãe, limpou área de seu bairro, em São Vicente, SP — Foto: Mical Rodrigues/Arquivo Pessoal

“Só um papelzinho de bala já faz uma grande diferença. Não fica achando que jogar um lixinho ali, jogar um lixinho aqui, não vai fazer diferença, porque vai fazer diferença. Isso incomoda demais. Você vai ficar achando aí que não vai incomodar ninguém, mas incomoda muita gente!”, disse.

Para a mãe, acostumada a ver no filho iniciativas como as de consertar e reciclar brinquedos quebrados, a sensação é de orgulho. “A tarefa de mãe é difícil. Erramos tentando acertar. E quando vemos isso, me sinto especial. Se todos pensassem assim, seria mais fácil manter a cidade limpa. Se a vizinhança entender assim, será uma boa ajuda”, finaliza.

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