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Massacre de presos em Altamira completa três anos

Relembre a última grande rebelião em prisões ocorrida no Brasil

Foto: Brasil de Fato

No dia 29 de julho de 2019, o Brasil relembrou as grandes rebeliões de presos que ocorriam nas décadas de 1990 e 2000 com um fato lamentável e sanguinário: 62 presos, sendo 26 deles ainda não condenados pela Justiça, foram assassinados num gravíssimo conflito entre duas das principais facções criminosas do país dentro do Centro de Recuperação Regional de Altamira, no interior do Pará.

Este presídio tinha a capacidade para apenas 200 presos, mas na época da rebelião possuía cerca de 450 detentos. Apenas 33 policiais penais trabalhavam no presídio, o que era considerado um efetivo muito baixo para a unidade prisional.

Por volta das 07h da manhã daquele 29 de julho, durante o café da manhã, membros da gangue do Comando Classe A (CCA), aliada do Primeiro Comando da Capital (PCC) no estado do Pará, atearam fogo em um bloco do presídio que abrigava membros do Comando Vermelho (CV), principal rival do PCC.

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O incêndio se desenvolveu rapidamente, e os policiais não puderam entrar na prisão devido ao fogo. Após membros do CCA terem iniciado as chamas, começaram a agredir os membros do CV, e se iniciou um tiroteio que durou cerca de meia hora. Já o incêndio só foi controlado pelos Bombeiros por volta do meio-dia.

Nenhum dos presos morreu por arma de fogo, mas houveram 16 decapitados com lâminas cortantes, e as demais 46 mortes foram por inalação da fumaça do incêndio, sendo 41 na área da unidade prisional, e cinco dentro de um ônibus nas proximidades.

Segundo o The Intercept, a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, a segunda maior do Brasil, entregue pelo governo Dilma Roussef em 2016, foi a principal culpada pelo massacre, visto que a Norte Energia, empresa que opera o empreendimento, não cumpriu com o acordo que a obrigava a construir um novo presídio para Altamira.

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