
Uma tragédia abalou Joaçaba, no Oeste de Santa Catarina. Uma bebê de apenas oito meses morreu com múltiplas fraturas e sinais de espancamento. A mãe e o padrasto foram presos neste sábado (23) após a Polícia Civil reunir indícios suficientes para a decretação da prisão preventiva. As informações são do Portal Jornal Razão.
A bebê foi levada à UPA de Herval d’Oeste na madrugada de quarta-feira (20), com relato de febre e dificuldade para respirar. Devido à gravidade do quadro, foi transferida para o Hospital Universitário Santa Terezinha, onde exames constataram fraturas nas costelas, no fêmur, no braço e uma lesão pulmonar. A criança foi internada na UTI e passaria por cirurgia, mas não resistiu e morreu no mesmo dia.
Segundo a delegada Fernanda Guelen da Silva, responsável pelo caso, mãe e padrasto apresentaram versões contraditórias e tentaram se eximir da responsabilidade. As investigações apontam que a criança vinha sofrendo agressões repetidas ao longo do tempo, já que o laudo preliminar da Polícia Científica revelou fraturas em diferentes estágios de cicatrização.
Durante o interrogatório, a mãe inicialmente negou morar com o companheiro e chegou a culpar o filho mais velho, de apenas 3 anos, pelas lesões da irmã. Posteriormente, admitiu que vivia com o padrasto, que também foi interrogado, mas apresentou outra versão dos fatos.
A Polícia apreendeu o celular da mãe, onde encontrou mensagens trocadas com a avó da criança, que orientava que ela “mantivesse sempre o mesmo relato”, reforçando a suspeita de tentativa de acobertamento.
O menino de 3 anos, irmão da vítima, apresentava uma lesão suspeita e foi submetido a exame pericial. Ele está sob os cuidados da avó materna, e o Conselho Tutelar acompanha o caso.
A equipe médica destacou que os ferimentos da bebê eram incompatíveis com acidentes domésticos, exigindo grande força para serem provocados. O caso chocou a região e reacendeu o alerta sobre a violência contra crianças em Santa Catarina, que já registrou outros episódios graves nas últimas semanas.
A Polícia Civil segue com as diligências para concluir o inquérito. O laudo cadavérico completo ainda está sendo finalizado pela Polícia Científica. Os envolvidos devem responder por lesão corporal dolosa com resultado morte, omissão de socorro e maus-tratos.