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Homem que atuava como secretário é investigado em Operação por crimes eleitorais no Oeste de SC


Uma Operação da Polícia Civil, intitulada Hora-Máquina, foi deflagrada pela Polícia  Civil no município de São Carlos, no Oeste de Santa Catarina. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na manhã de quinta-feira (26), na casa do investigado – que exerceu o cargo de Secretário do Município.

A ação policial investiga denúncia de corrupção eleitoral, peculato e subtração de documentos da Prefeitura de São Carlos. A investigação da Polícia Civil apontou que a Administração Municipal, na troca de votos, teria oferecido a produtores rurais o não pagamento da cobrança de taxas em troca de votos.

Entenda o esquema

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De acordo com uma nota enviada pela Polícia Civil à imprensa, a Prefeitura de São Carlos presta serviços aos produtores rurais através do fornecimento de maquinário pesado (trator, retroescavadeira, giratória, entre outros) para a realização de melhorias nas propriedades. Após os trabalhos, uma “ordem de serviço” é emitida, referente à “Hora-Máquina” – que dá nome à investigação -, para que o produtor rural faça o pagamento da taxa correspondente ao serviço prestado. 

A apuração aponta que o investigado era responsável por encaminhar os documentos, assinado pelos produtores, ao setor de tributação do município para formalizar a dívida. Porém, conforme informou a Polícia Civil, o suspeito teria retirado os documentos da Prefeitura ao invés de encaminhá-los ao setor correto. 

 Ainda chegou, ao conhecimento da Polícia Civil que ele supostamente apresentou as ordens de serviço a determinados produtores rurais, com a indicação de, se caso votassem nele nas últimas eleições, eles não precisariam pagar pela Hora-Máquina. A investigação dos policiais ainda constatou que durante a campanha, o investigado teria rasgado ordens de serviço. Fragmentos de documentos públicos foram encontrados rasgados em uma estrada da zona rural, dias antes das eleições.

Durante a operação, a Polícia Civil apreendeu 25 ordens de serviço na residência do investigado – que correspondem a 71 horas-máquina. A Polícia Civil foi imediatamente à Prefeitura, no setor de tributação, e constatou que 24 ordens de serviço ainda não tinham sido registradas. Sem essas notas, seria impossível realizar a cobrança da Hora-Máquina.

A documentação apreendida será encaminhada à Prefeitura para viabilizar a cobrança devida, de acordo com a Polícia. A investigação continua, a fim de apurar se ainda há outras ordens de serviço a recuperar e se outros eleitores foram abordados com a proposta de não pagar pela hora-máquina em troca de voto nas eleições de 2020.

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