
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) apresentou denúncia contra um homem, 42 anos, acusado de matar a própria filha, de 21 anos, após uma briga familiar em Rodeio, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina. Além da morte da filha, ele é acusado de tentar matar a esposa, o cunhado e os sogros. Os crimes ocorreram no dia 12 de abril. Se a Justiça aceitar a denúncia do MPSC, o acusado, que está preso preventivamente, passa a ser formalmente réu em ação penal.
A denúncia da Promotoria de Justiça da Comarca de Ascurra relata os fatos que teriam ocorrido depois da esposa do acusado, após 23 anos de união, fugir para a casa dos pais e obter uma medida restritiva contra o marido em virtude das constantes agressões e ameaças de morte.
Inconformado com a fuga, o homem teria se armado com duas facas e uma carabina artesanal calibre 22 e ido à casa dos sogros, localizada na mesma rua. Para não ser e atacar as vítimas sem que elas pudessem se defender percebido, ele passou por um pomar. Na residência, o homem apontou a arma de fogo para a esposa para efetuar um disparo, mas foi atrapalhado pelo sogro, que correu na sua direção. Nesse momento, o acusado teria tentado assassiná-lo com um golpe na cabeça. Foi então que a sogra interveio e recebeu três facadas nas costas, da mesma forma que o cunhado. Os golpes nos três não foram fatais, apesar da suposta intenção de matar do agressor.
Depois de incapacitar o cunhado e os sogros, o homem teria passado a desferir uma série de facadas na esposa, até que a filha se colocou entre eles. A jovem recebeu quatro golpes de faca no peito. Um deles atingiu o coração e causou sua morte.
Para o Promotor de Justiça Victor Abras Siqueira, que apresentou a denúncia um dia após a conclusão do inquérito policial, o acusado teria cometido feminicídio contra a filha e tentativa de feminicídio contra a mãe, além de três tentativas de homicídio contra os sogros e o cunhado. Todos os crimes seriam, ainda, qualificados pelo motivo fútil e pela impossibilidade de defesa das vítimas. A denúncia ainda não foi recebida pelo Poder Judiciário.