Na primeira sessão do Tribunal do Júri em 2024, a comarca de Tangará, no Meio-Oeste catarinense, levou à julgamento três homens e uma mulher, acusados de tentativa de homicídio triplamente qualificada contra um policial militar. A sentença, lida após um extenso júri que começou às 8h e encerrou às 21h30min, condenou o quarteto a penas que totalizam 48 anos de reclusão em regime fechado.
Segundo a denúncia, o grupo se reuniu com o intuito de assassinar o policial militar como forma de quitar uma dívida relacionada ao tráfico de drogas. Os eventos transcorreram em 21 de maio de 2022, durante a madrugada, no local de trabalho do agente de segurança, em Ibiam.
A estratégia do quarteto envolveu atrair a vítima para perto de uma janela sob a falsa premissa de um pedido de ajuda. Um dos acusados surgiu e efetuou cinco disparos de arma de fogo, sendo que três atingiram áreas vitais do policial. Posteriormente, os criminosos fugiram com o quarto acusado, que os aguardava nas proximidades. O policial, por sorte, recebeu socorro imediato e foi conduzido ao hospital, onde se recuperou dos ferimentos.
A motivação do crime, conforme consta nos autos, estava vinculada a uma dívida originada no tráfico de drogas, sendo a morte de um policial a forma escolhida para saldá-la. A tentativa de homicídio foi qualificada por motivo torpe, dissimulação e ataque a um policial militar. Além disso, os réus foram condenados por porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e posse de drogas para uso pessoal.
O magistrado responsável pela sentença estabeleceu penas individuais de 12 anos e oito meses de reclusão para três réus e 10 anos de reclusão para o quarto acusado. O direito de recorrer em liberdade foi negado ao grupo, que permanecerá detido cumprindo as respectivas penas.
