Dois empresários foram condenados por adicionar água ao leite para disfarçar seu estado impróprio para o consumo e, assim, prosseguir com a comercialização do produto. Os homens são proprietários de um laticínio em funcionamento no município de Princesa, no Extremo Oeste. A sentença é resultado da operação Leite Adulterado III, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco).
Um deles foi condenado a seis anos, 11 meses e 10 dias de detenção. O outro recebeu a sentença de seis anos e oito meses de detenção. Ambos em regime inicial semiaberto. A decisão foi determinada pela Vara Única da comarca de São José do Cedro.
Ao todo foram sete amostras encontradas com adulteração, a primeira em 2012 e as demais em 2014. Conforme a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina “a acidez estava extremamente elevada, com densidade abaixo do indicado na legislação, sendo que a amostra estava alterada a ponto de o equipamento que calcula a quantidade de água eventualmente adicionada ao leite (crioscópio) nem sequer conseguiu levar a análise a termo, além do teor de lactose estar abaixo do mínimo exigido, estando, portanto, em evidente desacordo com as normas regulamentares de distribuição e apresentação”. Ainda frações de antibiótico também foram encontradas, o que indica que as vacas estavam doentes e tratadas com o medicamento pelos produtores rurais fornecedores, o que também é proibido.