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Explosões na Praça dos Três Poderes
Explosões na noite de quarta-feira (13) abalaram Brasília, deixando uma pessoa morta em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) e provocando uma série de medidas de emergência na Praça dos Três Poderes. O responsável pelo ataque foi identificado como Francisco Wanderley Luiz, um ex-candidato a vereador de Rio do Sul, Santa Catarina, que utilizou seu próprio carro como parte do atentado. O veículo, com placa de Santa Catarina, foi encontrado com explosivos no porta-malas.
Em coletiva de imprensa, a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, afirmou que o homem tentou entrar no prédio do STF antes de ser contido, momento em que ocorreu a explosão fatal.
Passado policial do suspeito
Francisco Luiz, de 59 anos, conhecido como “Tiü França”, possuía antecedentes criminais e havia sido preso em 2012 por contravenção em sua cidade natal. Em 2020, ele disputou uma vaga na Câmara de Vereadores de Rio do Sul pelo Partido Liberal (PL), sem sucesso. Nas redes sociais, o suspeito fez publicações com referências a explosivos, insinuando um “jogo” contra figuras públicas.
Medidas de emergência e impacto na segurança nacional
Após o atentado, a segurança foi imediatamente reforçada na região. O Exército mobilizou uma companhia de choque, enquanto o Bope iniciou uma varredura minuciosa nos arredores da Praça dos Três Poderes. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, suspendeu todas as atividades legislativas e administrativas até que as forças de segurança garantam a segurança no local.
A vice-governadora destacou que o presidente da Câmara e do Senado foram informados sobre a gravidade da situação, resultando na suspensão das sessões no Congresso. A deputada Sâmia Bomfim foi uma das primeiras a pedir a interrupção da sessão da Câmara devido ao alto risco de segurança.
Detalhes do ataque e alerta para novas ameaças
Segundo testemunhas, o corpo de Francisco foi encontrado ao lado de um chapéu branco e ele usava roupas estampadas com naipes de cartas, uma possível alusão ao personagem Coringa, vilão conhecido por promover o caos. O ataque levantou preocupações quanto à segurança dos edifícios públicos e das autoridades, com o governo do Distrito Federal mobilizando recursos para entender a motivação por trás do ato.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reunido com ministros e o diretor da Polícia Federal, anunciou medidas para reforçar a proteção do Palácio da Alvorada e das sedes dos Três Poderes, enquanto as investigações continuam.