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VÍDEO: Meningite bacteriana em SC, você sabe o que é?

Fábio Gaudenzi Médico infectologista e Superintendente de Vigilância em Saúde de SC trás mais detalhes

Pelo menos cinco pessoas morreram em decorrência de casos de meningite bacteriana, em Santa Catarina, nestes primeiros três meses. O caso mais recente foi o da criança de 11 anos, em Itajaí. Segundo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica, Dive. 

Vale conferir as cidades com casos registrados em Santa Catarina até agora.

57 anos residente de Dona Emma

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6 meses residente de Xanxerê

24 anos residente de Ilhota

55 anos residente de Itajaí

11 anos residente em Itajaí 

Mas afinal, você sabe, o que é Meningite? A meningite é uma doença grave, de evolução rápida e se caracteriza pela inflamação das membranas que recobrem o sistema nervoso central (meninges). Pode ser causada por diversos agentes infecciosos como bactérias, vírus, fungos e agentes não infecciosos, como traumatismos. As meningites de origem infecciosa, principalmente as causadas por bactérias e vírus, são as mais importantes do ponto de vista da saúde pública, pela magnitude de sua ocorrência e potencial de produzir surtos. O período de transmissibilidade é variável, dependendo do agente infeccioso e da instituição do diagnóstico e tratamento precoce.

Conforme a Dive do estado, a susceptibilidade é geral, entretanto, os grupos etários mais vulneráveis são crianças menores de cinco anos e adultos maiores de 60 anos de idade. A doença tem distribuição universal, sendo considerada endêmica, com ocorrência de surtos esporádicos. Na Figura 1 é apresentado os casos confirmados das meningites (de todas as etiologias) por mês de ocorrência, no período de 2018 a 2022 (até o mês de setembro).

Imagem: Disponibilizada pela Dive/SC

No ano de 2018 foram confirmados 891 casos de meningite no estado, 970 casos em 2019, 379 casos em 2020, 358 casos em 2021 e, no ano de 2022, foram confirmados 399 casos até o mês de setembro (semana epidemiológica 39).

A redução no número de casos confirmados de meningite no estado, nos anos de 2020 e 2021, pode estar associada às medidas de distanciamento social, uso de máscara e higiene das mãos, em decorrência da pandemia de COVID-19. O número de casos confirmados no ano de 2022 mostra um padrão semelhante de transmissão da doença nos primeiros meses do ano, com uma tendência de aumento no número de casos entre os meses de abril e maio mantendo alta até o mês de setembro.

Casos em 2022

Conforme o relatório divulgado pela DIVE, em 2022 foram notificados entre o mesmo mês de janeiro e fevereiro, 29 casos de meningite bacteriana, com 7 óbito. Já na semana epidemiológica 39, foram confirmados 399 casos de meningite no estado de Santa Catarina, sendo a maioria de etiologia viral (MV) (41,6%), seguido da meningite bacteriana (MB) (18,2%), meningite não especificada (MNE) (15,5%), meningite por pneumococo (MP) (11%), meningite por outras etiologias (MOE) (5,2%), doença meningocócica (DM) (4,7%) e meningite tuberculosa (MTBC) (2,5%).

Entre os 328 casos confirmados por todas as etiologias foram registrados 32 óbitos, representando uma taxa de letalidade total de 8%. A maior taxa de letalidade ocorreu nos casos ocasionados pela meningite pneumocócica (25,6%), seguida pela meningite por hemófilo (20%), meningites causadas por tuberculose (20%), depois as meningites bacterianas (12,3%), e a Doença Meningocócica (15,8%), respectivamente. As meningites de etiologia não especificadas têm 6,5% de letalidade. As meningites virais, não registraram óbitos. As meningites de etiologia não especificadas têm 6,1% de letalidade. As meningites virais, causadas por outras etiologias, não registraram óbitos.

Meningite Bacteriana no Oeste

Até o momento a região Oeste do Estado, um caso foi confirmado, trata-se de uma criança de seis meses, que residia na cidade de Xanxerê, no Oeste Catarinense. Procuramos a assessoria de comunicação do município, a qual através da responsável da vigilância epidemiológica, esclareceu que a criança quando foi diagnosticada com meningite, deu entrada no Hospital Regional São Paulo, e na mesma semana o Hospital já encaminhou para o Hospital Regional do Oeste (HRO), de Chapecó, a qual a família acabou se mudando para o município para poder acompanhar a criança.

A família não reside mais na cidade de Xanxerê, não fazendo mais parte do município.

Como se tratar
Procurar imediatamente o serviço de saúde e seguir rigorosamente a orientação médica.

Outras formas de prevenção
Manter a higiene corporal; lavar as mãos várias vezes ao dia; ter higiene rigorosa com pratos e talheres usados pelo doente, bem como mamadeiras e chupetas; conservar a casa limpa e arejada e, se possível, ensolarada, principalmente os quartos; evitar locais fechados, cheios de gente e mal ventilados; manter as salas de aula ventiladas, com portas e janelas abertas.

Vídeo Fábio Gaudenzi – Médico infectologista e Superintendente de Vigilância em Saúde de SC

Fonte: Ricardo Souza/ClicRDC

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